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São Paulo, domingo, 09 de novembro de 2003

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O PERSONAGEM

Sem salário, Abel vira intocável na Ponte Preta

DIOGO PINHEIRO
DA FOLHA CAMPINAS

Pressão de torcedores, 119 dias sem vencer em casa, um aproveitamento de 36,5% no Campeonato Brasileiro (dez vitórias, 16 empates e 15 derrotas) e a três pontos da zona de rebaixamento.
Mesmo assim, Abel Braga, 51, continua prestigiado pela diretoria da Ponte Preta e faz parte do seleto grupo de técnicos que estão comandando o mesmo clube desde o início da competição.
Além dele, apenas o cruzeirense Wanderley Luxemburgo, o santista Emerson Leão, Paulo Bonamigo, do Coritiba, e Muricy Ramalho, do Inter, dirigiram a mesma equipe nas 41 rodadas.
Na Ponte, Abel tenta livrar o clube do rebaixamento. A última vez que os ponte-pretanos venceram no Moisés do Lucarelli foi no dia 13 julho, pela 18ª rodada -1 a 0 diante do Bahia.
O salário de R$ 30 mil está atrasado há pelo menos três meses. Abel disse à Folha que já pensou em deixar o comando da equipe em duas oportunidades.
"Na primeira, os jogadores pediram para eu ficar. Na segunda, a diretoria me convenceu. Posso sair daqui [da Ponte] amanhã, mas vou dizer que sou ponte-pretano. Eu tenho um carinho grande por esse clube", justifica.
Na última segunda-feira, pela terceira vez, Abel colocou o cargo à disposição da diretoria, mas, após uma reunião com o vice-presidente e diretor de futebol da Ponte, Marco Antônio Eberlim, mudou de idéia.
"O treinador é o menos culpado pela má fase. O motivo da campanha ruim não é o trabalho do Abel. O maior problema da Ponte é a falta de dinheiro. Como você vai cobrar um funcionário se ele não recebe?"



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