|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Técnico corintiano reforça ano dos capitães das Copas
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Quem foi rei nunca perde a majestade. Basta pegar os postos
atuais de trabalho dos homens
que ergueram a taça de campeão
da Copa do Mundo desde 1970
para perceber que os imortais capitães mantêm em dia a liderança.
Apesar da estréia desastrosa de
ontem, a ascensão recente do ex-zagueiro argentino Daniel Passarel-la ao cargo de técnico do Corinthians no momento em que o
clube vive sua fase mais efervescente consolida a tendência, cuja
única exceção é Maradona, que
sofre com problemas de saúde.
Passarella, apelidado de "Grande Capitão", levantou a Taça Fifa
em 1978 e é o único homem de seu
país que venceu duas Copas como
jogador. Famoso pelo poder de
comando, guiou já as seleções de
Argentina e Uruguai, mas nos últimos anos saiu um pouco do foco
mundial ao treinar um clube mexicano (Monterrey). Seu nome de
peso, porém, atraiu a MSI, parceira corintiana que busca internacionalizar o clube paulistano.
Quase da mesma forma, a seleção do Azerbaijão conseguiu um
pouco mais de visibilidade ao
contratar o brasileiro Carlos Alberto Torres, o capitão do tri, para
as eliminatórias da Copa-2006.
O próximo Mundial, aliás, é
uma vitória de outro capitão. O
alemão Franz Beckenbauer, homem que ergueu a Taça Fifa pela
primeira vez, em 1974, ganhou
depois uma Copa como técnico
(1990) e uma como dirigente
-comanda a organização do
Mundial-2006. Além de ocupar a
presidência do Bayern de Munique, o "Kaiser" virou pessoa influente tanto na Fifa quanto no
G14, grupo que reúne os clubes
mais poderosos da Europa.
Dino Zoff, italiano que segurou
a Copa de 1982 no gol da Azzurra,
virou comandante de Juventus,
Lazio e até da seleção italiana após
encerrar a carreira nos gramados.
Hoje, está à frente da Fiorentina,
ex-grande que já faliu e ainda tenta se reerguer na Série A italiana.
O alemão Lothar Matthäus, o
capitão da Copa de 90, também
partiu para a carreira de treinador. Jogador que mais atuou em
Mundiais (no total, foram 25 jogos em cinco edições), ele tenta
reconduzir a Hungria a uma Copa
depois de duas décadas.
O brasileiro Dunga, por sua vez,
virou conselheiro do Jubilo Iwata
no Japão. Como Cafu, lidera uma
fundação que atende crianças carentes. O capitão do tetra segue
presente no cenário internacional, atuando por vezes em seleções masters (despedida de Romário). Foi convidado para escrever coluna para tradicional publicação alemã até a Copa de 2006.
O herói francês de 1998 foi Didier Deschamps, ex-volante que
ontem dirigiu seu Monaco diante
do PSV na Copa dos Campeões.
Seu pulso firme já havia levado na
temporada passada o clube francês à nobre decisão na Europa
-neste ano, caiu nas oitavas.
Os capitães campeões de Copas
antes de 1970 não puderam aproveitar muito o glamour e a badalação do futebol contemporâneo,
mas Giuseppe Meazza, por exemplo, dá nome a estádio em Milão.
Maradona, que recentemente
fez cirurgia para perder peso na
Colômbia, se mantém mais no
noticiário por escândalos ou por
seu tratamento em Cuba contra a
dependência química.
Texto Anterior: Torcida rasga o placar pelo jogo no Willie Davis Próximo Texto: O personagem: Na ativa, Cafu pode conquistar feitos históricos Índice
|