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ADMINISTRAÇÃO
Eleições de paraolímpicos, futsal, tênis e tiro têm contestações
Ações na Justiça implodem comando e param esportes
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Casuísmos eleitorais, contestações judiciais e duplo comando.
As eleições de alguns esportes
mostram que brechas no estatuto
dificultam a alternância de poder
e paralisam a administração de
entidades importantes, como tiro,
tênis, futsal e a paraolímpica.
O último pleito a ser decidido
nos tribunais é o da Confederação
Brasileira de Tiro Esportivo. Frederico Costa foi eleito na segunda,
com apoio de 16 dos 19 Estados filiados. Dois deles (PB e AL) votaram separado por não terem sido
legalizados a tempo. "Mas isso
não altera o resultado", diz Costa.
Porém, alegando necessidade
de examinar o caso, Durval Guimarães, presidente da entidade,
pediu o adiamento da disputa.
Desde então, a sede da CBTE,
no Rio, está fechada. A Folha procurou Guimarães e foi informada
de que ele embarcou anteontem
para Buenos Aires. "Não contestamos as contas do Durval. Só
queremos direcionar melhor essa
verba", relata Costa, que pediu liminar para assumir a presidência.
O COB diz que "espera que a situação se resolva o mais rápido
possível". O caso mais esdrúxulo
é o do comitê paraolímpico. Desde que a eleição foi cancelada pelo
Conselho Deliberativo, dois dirigentes se dizem presidente.
Vital Severino Neto, apoiado
pela Assembléia Geral, teve mandato ampliado. Já Ciraldo Reis assumiu por decisão do conselho.
Com comando duplo, o CPB
nomeou duas comissões eleitorais, que marcaram disputas eleitorais em datas diferentes. "Não
sei se inscrevo minha chapa na
eleição de 16 ou na de 18 de abril. É
cômico", espanta-se José Amaury
Russo, o candidato da oposição.
O futsal vive caso parecido. Há
dois meses, a confederação realizou duas eleições, que elegeram
duas chapas. Aécio Borba e o oposicionista Carlos Bittencourt ainda lutam na Justiça. Borba conseguiu em fevereiro, na Justiça do
Ceará, anular o pleito que elegeu o
rival. Mas o caso permite recurso.
No tênis, Jorge Lacerda da Rosa,
eleito em dezembro, já teve seu
poder ameaçado pela Justiça. Em
fevereiro, foi afastado por dois
dias, sob alegação de irregularidades na eleição. Em seu lugar assumiu Eduardo Nakamiti, ligado ao
ex-presidente Nelson Nastás.
E o tênis é um dos casos mais
graves na dificuldade de arrumar
patrocínio. "Ninguém quer pôr
seu dinheiro em uma entidade
que você não sabe quem vai ser o
presidente amanhã", conta Rosa.
Ele diz que são "remotas" as
chances de o grupo de Nastás
reassumir o poder. "Mas vai explicar isso para um patrocinador", diz ele, que calcula as dívidas da CBT em US$ 1 milhão.
No CPB, a Caixa Econômica Federal anunciou a intenção de renovar o contrato até 2008. Em
2004, o banco pagou R$ 1 milhão.
Em 2005, deve dar R$ 2,5 milhões
-aguarda só a definição do imbróglio. O mesmo ocorre com os
Correios, que quer renovar com o
futsal por R$ 6 milhões.
(ALF)
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