São Paulo, quinta-feira, 10 de março de 2005

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FUTEBOL

Time de Leão bate Universidad de Chile, volta a triunfar após dois empates seguidos e chega a 4 pontos no Grupo 3

São Paulo ganha e é líder na Libertadores

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo "cascudo" do técnico Emerson Leão cumpriu com eficiência as determinações de seu treinador e, com a vitória de 4 a 2 sobre o Universidad de Chile, conquistou a liderança do Grupo 3 da Taça Libertadores.
O time, que volta a vencer após dois empates seguidos, agora soma quatro pontos, um a mais do que o time chileno, em dois jogos. Hoje, Quilmes e Strongest jogam na Argentina e completam a segunda rodada da chave.
O jogo teve bom público, 41.852 pagantes, mas não atingiu a expectativa da diretoria são-paulina, que esperava mais de 50 mil torcedores no estádio.
Fora de campo, o cenário foi marcado por um incidente. Um terreno baldio, que funcionava como estacionamento, pegou fogo, e cinco carros e duas motos ficaram totalmente queimados.
No gramado, o São Paulo começou o jogo já balançando a rede e sacudindo a torcida. Após cabeçada de Grafite na trave, o time manteve a pressão na área chilena e, após cruzamento da esquerda, Luizão ajeitou de cabeça para Lugano, também de cabeça, fazer 1 a 0, logo aos 2min.
O time se lançou ao ataque e se esqueceu do adversário. Depois de levar um susto aos 4min, quando Rogério salvou gol certo com os pés, o time do Morumbi acabou sofrendo a igualdade três minutos depois. Numa cobrança de escanteio, o atacante Gioino completou sozinho, após desvio no primeiro pau: 1 a 1.
A torcida, em vez de vaiar, gritou o nome do time em sinal de apoio. Os jogadores entenderam o recado e voltaram a dominar.
A Universidad de Chile seguiu na sua estratégia de explorar somente os contra-ataques, mas num lance de bola parada viu o São Paulo novamente pular na frente do placar. O goleiro Rogério bateu falta de meia distância e fez um belo gol, aos 20min.
Enquanto a torcida comemorava, o técnico Leão sofria uma baixa importante. Luizão sentiu uma lesão na coxa e foi substituído por Marco Antônio.
A partir daí, o São Paulo passou a ter somente Grafite enfiado na frente, e o poder de ataque da equipe caiu sensivelmente.
Com a vantagem de 2 a 1, o São Paulo concentrou o jogo no meio. Uma falha, entretanto, deu início à reação dos chilenos. Num lançamento, Edcarlos tentou sair jogando e tirou Rogério do lance. Gioino estava próximo ao lance e só empurrou para o gol vazio, fazendo 2 a 2 aos 38min.
O empate foi uma ducha fria no time são-paulino, que se lançou desordenadamente ao ataque em busca do terceiro gol.
Quando tudo indicava que o primeiro tempo terminaria em igualdade, Cicinho desempatou. Danilo cruzou no segundo pau, e o lateral-direito cabeceou para o chão: 3 a 2, já nos acréscimos.
No segundo tempo, o time voltou inseguro na marcação e passou por perigo por erros de posicionamento. O alívio só veio aos 19min, quando Grafite completou passe de Danilo e fez 4 a 2.
No fim, a atração ficou por conta de Falcão, que entrou e teve o nome gritado pela torcida.
O São Paulo volta a jogar pela Libertadores na próxima quarta-feira, contra o Quilmes, na Argentina. Pelo Paulista, o time de Leão, que lidera, vai receber o Rio Branco neste sábado, no Morumbi.


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