|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ilha aposta na massificação via escolas
DA REPORTAGEM LOCAL
Com poucos recursos e
população pequena -cerca de 11,4 milhões de habitantes-, Cuba tem obtido
ótimos recursos em competições internacionais.
Para José Ramón Fernández, presidente do comitê olímpico local, isso se
deve à difusão do esporte à
população não no sentido
competitivo, mas "como
um meio de saúde, do melhoramento do estado físico, fortalecimento dos hábitos de higiene, de disciplina, de coletividade, das
relações humanas".
A preocupação com o
esporte foi precoce no regime de Fidel.
Em 1961, dois anos após
subir ao poder, ele criou o
Inder (Instituto Nacional
de Esporte, Educação Física e Recreação), responsável por coordenar as ações
esportivas no país.
Em 1963 surgiram os
Jogos Escolares, que, segundo o governo cubano,
têm participação anual de
8.000 estudantes competindo em 29 esportes.
Quase a totalidade dos
campeões olímpicos e
mundiais do país é revelada neste evento.
Para coordenar os jovens, o país possui um
"exército" de 20 mil professores de educação física
-um para cada 570 habitantes, um dos índices
mais altos do mundo.
E a demanda é grande. O
governo diz que 1,2 milhão
de pessoas praticam esporte regularmente, o que
gera expectativa de vida de
77 anos na população -a
brasileira é de 72 anos.
"As atividades do "Esporte para Todos" propiciam, como subproduto, o
desenvolvimento do alto
rendimento, da massificação surge a qualidade", diz
Fernández.
(ALF)
Texto Anterior: Cuba vislumbra queda pós-Fidel Próximo Texto: Intercâmbio: Relação com Brasil é restrita Índice
|