São Paulo, segunda-feira, 10 de março de 2008

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Ilha aposta na massificação via escolas

DA REPORTAGEM LOCAL

Com poucos recursos e população pequena -cerca de 11,4 milhões de habitantes-, Cuba tem obtido ótimos recursos em competições internacionais.
Para José Ramón Fernández, presidente do comitê olímpico local, isso se deve à difusão do esporte à população não no sentido competitivo, mas "como um meio de saúde, do melhoramento do estado físico, fortalecimento dos hábitos de higiene, de disciplina, de coletividade, das relações humanas".
A preocupação com o esporte foi precoce no regime de Fidel.
Em 1961, dois anos após subir ao poder, ele criou o Inder (Instituto Nacional de Esporte, Educação Física e Recreação), responsável por coordenar as ações esportivas no país.
Em 1963 surgiram os Jogos Escolares, que, segundo o governo cubano, têm participação anual de 8.000 estudantes competindo em 29 esportes.
Quase a totalidade dos campeões olímpicos e mundiais do país é revelada neste evento.
Para coordenar os jovens, o país possui um "exército" de 20 mil professores de educação física -um para cada 570 habitantes, um dos índices mais altos do mundo.
E a demanda é grande. O governo diz que 1,2 milhão de pessoas praticam esporte regularmente, o que gera expectativa de vida de 77 anos na população -a brasileira é de 72 anos.
"As atividades do "Esporte para Todos" propiciam, como subproduto, o desenvolvimento do alto rendimento, da massificação surge a qualidade", diz Fernández. (ALF)


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