São Paulo, quarta-feira, 10 de março de 2010

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TÊNIS

Mais do mesmo


Enquanto Federer e outros astros dizem querer, mas não vão lá jogar, Wawrinka, Isner e Schwank decidem a Davis


RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA

O SORTEIO ajudou, e o que seria o duelo mais esperado na Copa Davis se deu no fim de semana. De um lado, Espanha; de outro, Suíça. Em um confronto equilibrado, como esperado, a definição foi para o último dia, quarto jogo, que reuniu o melhor tenista de cada lado. O melhor suíço, sabe-se, é Roger Federer, e o melhor espanhol, Rafael Nadal. Mas, no quarto e decisivo jogo, Stanislas Wawrinka e David Ferrer foram à quadra. Bons jogadores, mas sem brilho ou carisma.
A 2.000 km dali, os EUA visitaram a Sérvia, de Novak Djokovic. Que país mais simboliza uma intensa disputa esportiva (ou política, bélica, cultural)? Não. Andy Roddick não foi. Os EUA foram representados pelos apagados John Isner e Sam Querrey. Ainda na Europa, a Argentina fez clássico contra a Suécia. Potência no tênis atual, levou time com os desconhecidos Eduardo Schwank e Leonardo Mayer.
Antes que digam "São as contusões!", vale lembrar que, de tempos em tempos, os principais tenistas do ranking miram as baterias contra a Davis. Antes, calavam-se e não jogavam. Alguns alegavam contusão.
Outros sumiam. Mas reclamavam.
Agora, parece que o movimento de mudança do formato da Copa Davis é mais forte. Alguns já se dão até ao luxo de sugerir novos formatos para o evento, disputado desde 1900. Um, inclusive, já definido e tornado público: disputado a cada dois anos, com 32 países classificados, em um único local, divididos em grupos, dez dias de competição...
É pouco provável que mude. Primeiro, porque organizadores, patrocinadores e confederações não querem. Segundo, porque é difícil até para os melhores do mundo explicar aos compatriotas, sem ganhar a fama de "mercenários", o quão difícil é jogar a Davis. Terceiro, porque, se o primeiro escalão não jogar, haverá o segundo, o terceiro escalão.
Logo, a vida segue: Federer dizendo que quer, mas não indo, dirigentes falando que qualquer mudança é inviável, torcedores achando que alguns tenistas são mesmo mercenários, e Ferrer, Wawrinka, Isner e Schwank decidindo a Copa Davis.

NO RIO DE JANEIRO
Com Fernando Meligeni x Mikael Perfors, o Rio Champions começa às 18h de sexta, no Maracanãzinho. Depois, jogam Mark Philippoussis x Cedric Pioline, Marat Safin x Wayne Ferreira e Mats Wilander x Jim Courier. No sábado, jogos às 18h. Domingo, às 11h. Informações: www.riochampions.com.br.

EM BLUMENAU
O Tabajara Tênis Clube e o Bela Vista Country Club recebem nesta semana a 40ª edição do Banana Bowl. São mais de 800 tenistas de 38 países inscritos no torneio infantojuvenil. Tiago Fernandes, campeão juvenil do Aberto da Austrália, é destaque. Entrada grátis.

reandaku@uol.com.br


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