DOS ENVIADOS A BERLIM

Zinedine Zidane não ficou sozinho. Na derrota para a Itália nos pênaltis, todos os pilares da seleção francesa falharam.
Barthez e Vieira não repetiram performances de outros jogos. E, mais uma vez, Henry ficou longe de ser o mesmo artilheiro do Arsenal. Só o primeiro chegou ao final da partida.
Recordista de jogos do seu país em Copas (são 17 partidas), o goleiro não conseguiu defender a única finalização certa da Itália, segundo o Datafolha.
Nos pênaltis, com só 1,82 m, Barthez não chegou nem perto de defender uma cobrança. Mais: repetiu as saídas atabalhoadas e errou mais de um terço das suas reposições de bola.
Vieira até que começou bem. Mas, mesmo com a mesma altura do tival (1,93 m), perdeu a disputa pelo alto para Materazzi no gol italiano. No início do segundo tempo, sentiu dores na coxa e acabou substituído.
Se nos casos de Barthez e Vieira o desempenho que deixou a desejar é fato raro, para Henry virou quase rotina.
Mais uma vez o atacante, que tem no Arsenal uma média de gols 50% maior do que a registrada na seleção francesa, passou em branco. No fim da prorrogação, exausto e aparentemente sentido caibrãs, ele acabou trocado por Wiltord.
Enquanto esteve em campo, Henry tentou algumas arrancadas, mas o resultado foi pífio. Único atacante fixo da equipe, ele finalizou apenas duas vezes, metade do que conseguiram Zidane e o meia-atacante Ribéry.
Ele errou quase um terço dos passes que tentou e novamente fez feio na parte disciplinar -ele era antes da partida de ontem o jogador mais faltoso da França. O Datafolha apontou três faltas para Henry, que, no entanto, foi parado com lealdade pelos defensores italianos, tanto que não sofreu uma infração sequer.0 (FV, GR, PC, RP E SR)


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