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Tribunal de Contas surpreende somente fornecedor dos Jogos
Governo do Rio afirma que já esperava recomendação de sustar pagamentos
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
RICARDO PERRONE
DO PAINEL FC
A determinação do Tribunal
de Contas da União de sustar o
pagamento de um contrato e
um convênio para a organização do Pan surpreendeu só a
Fast Engenharia, que receberia
do Ministério do Esporte.
Assim como o governo federal, que, antes da decisão do tribunal, cancelara parte do pagamento, o governo do Rio também não ficou surpreso com a
medida, que apontou risco de
prejuízo aos cofres públicos.
Eduardo Paes, secretário de
Esporte do governo do Rio, diz
que, pela complexidade e pelo
ineditismo do evento, o governo teria dificuldades para fiscalizar a execução dos contratos.
"Achei excelente a decisão do
TCU, não me surpreendeu.
Combinei com eles, antes do
Pan, uma fiscalização preventiva. O que não foi feito não pode
ser pago", afirmou o secretário.
Os casos que envolvem Ministério do Esporte e governo
do Rio são diferentes, mas em
ambos o tribunal apontou que
parte dos serviços não foi feita
ou entregue.
"Já avisei quem receberia o
pagamento que ele foi suspenso. Acho bom assim, é melhor
do que dar o dinheiro e correr
atrás dele depois", disse Paes.
O secretário e o estafe do ministério destacaram ainda que
algumas das discrepâncias entre as quantidades contratadas
e as entregues se deveram ao
atendimento de exigências de
última hora feitas pelo Co-Rio,
que foram todas atendidas.
Procurado na noite de ontem, o comitê organizador do
Pan não falou sobre isso até o
fechamento desta edição.
Se para ministério e governo
fluminense a recomendação do
TCU não soou como novidade,
o mesmo não aconteceu com a
Fast Engenharia.
A empresa, que ainda tem a
receber R$ 5,5 milhões da pasta
do Esporte, soube pela imprensa da decisão do tribunal. Na
tarde de ontem, seus funcionários entraram em contato com
os servidores do TCU em Brasília para receber a íntegra da decisão que determinou a suspensão dos pagamentos.
Segundo a empresa, só um
engenheiro, que é diretor da
Fast, comentaria o caso. Ontem, afirmou um assessor, ele
esteve incomunicável em uma
obra e não foi localizado.
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