São Paulo, sexta-feira, 10 de agosto de 2007

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Tribunal de Contas surpreende somente fornecedor dos Jogos

Governo do Rio afirma que já esperava recomendação de sustar pagamentos

LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

RICARDO PERRONE
DO PAINEL FC

A determinação do Tribunal de Contas da União de sustar o pagamento de um contrato e um convênio para a organização do Pan surpreendeu só a Fast Engenharia, que receberia do Ministério do Esporte.
Assim como o governo federal, que, antes da decisão do tribunal, cancelara parte do pagamento, o governo do Rio também não ficou surpreso com a medida, que apontou risco de prejuízo aos cofres públicos.
Eduardo Paes, secretário de Esporte do governo do Rio, diz que, pela complexidade e pelo ineditismo do evento, o governo teria dificuldades para fiscalizar a execução dos contratos.
"Achei excelente a decisão do TCU, não me surpreendeu. Combinei com eles, antes do Pan, uma fiscalização preventiva. O que não foi feito não pode ser pago", afirmou o secretário.
Os casos que envolvem Ministério do Esporte e governo do Rio são diferentes, mas em ambos o tribunal apontou que parte dos serviços não foi feita ou entregue.
"Já avisei quem receberia o pagamento que ele foi suspenso. Acho bom assim, é melhor do que dar o dinheiro e correr atrás dele depois", disse Paes.
O secretário e o estafe do ministério destacaram ainda que algumas das discrepâncias entre as quantidades contratadas e as entregues se deveram ao atendimento de exigências de última hora feitas pelo Co-Rio, que foram todas atendidas.
Procurado na noite de ontem, o comitê organizador do Pan não falou sobre isso até o fechamento desta edição.
Se para ministério e governo fluminense a recomendação do TCU não soou como novidade, o mesmo não aconteceu com a Fast Engenharia.
A empresa, que ainda tem a receber R$ 5,5 milhões da pasta do Esporte, soube pela imprensa da decisão do tribunal. Na tarde de ontem, seus funcionários entraram em contato com os servidores do TCU em Brasília para receber a íntegra da decisão que determinou a suspensão dos pagamentos.
Segundo a empresa, só um engenheiro, que é diretor da Fast, comentaria o caso. Ontem, afirmou um assessor, ele esteve incomunicável em uma obra e não foi localizado.


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