São Paulo, sábado, 10 de outubro de 2009

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Olimpíada custa mais de R$ 7 bi ao Estado

Comitê apresenta o seu orçamento para a Rio-16

DA SUCURSAL DO RIO

A realização da Olimpíada no Rio de Janeiro em 2016 obrigará ao poder público desembolso extra de mais de R$ 7 bilhões em obras adicionais de infraestrutura no Estado.
Nesse quesito, são necessários investimentos de R$ 11,392 bilhões, sendo R$ 7,378 bilhões dos cofres públicos e R$ 4,018 bilhões da iniciativa privada.
"Os gastos totais com infraestrutura fora das instalações olímpicas serão de R$ 23,2 bilhões. Nesse grupo estão obras de novas estações de metrô e trem, obras em rodovias, entre outros. Cerca de R$ 12 bilhões serão para obras incrementais [aquelas necessárias para sediar os Jogos Olímpicos]", afirmou o secretário da Fazenda do Rio, Joaquim Levy.
Os números, detalhados ontem pela Secretaria Estadual de Fazenda do Rio, fazem parte do orçamento total de R$ 25,9 bilhões feito pelo Comitê de Organização dos Jogos Olímpicos.
Entre esses investimentos adicionais, chamados de incrementais, estaria, por exemplo, a modernização da estação ferroviária de Deodoro, um dos polos de realização dos Jogos, que receberia um padrão olímpico.
A maior parte dos desembolsos públicos de incremento à infraestrutura será feita em estradas e ferrovias, que consumirão R$ 2,141 bilhões.
Em seguida, estão as despesas com o chamado legado urbano (R$ 1,454 bilhão) e gestão ambiental (R$ 890 milhões).
Entre os investimentos previstos para a iniciativa privada estão a construção de acomodações da Vila Olímpica e dos edifícios que serão usados para o Centro de Mídia da Barra.
Entre os gastos voltados diretamente para as instalações olímpicas, com previsão de R$ 5,6 bilhões, a maior parte seria voltada para a instalação de serviços de telecomunicações e informática, R$ 975 milhões. As instalações esportivas exigiriam R$ 635 milhões.
As Vilas Olímpicas têm orçamento previsto de R$ 635 milhões. As despesas com pessoal seriam de R$ 683 milhões.
Levy declarou que o governo estadual está seguro de que terá recursos suficientes.
De acordo com o secretário, além da manutenção do atual fluxo de arrecadação, novos investimentos na região podem garantir mais recursos.
A movimentação econômica gerada a partir da exploração da camada do pré-sal, de acordo com o secretário da Fazenda, também irá engordar as finanças do Estado do Rio.
Outra frente de atuação do governo estadual será o incentivo aos fiscais da Receita para o aumento da arrecadação.
O governo encaminhou à Assembleia Legislativa do Rio projeto de lei que determina a distribuição de gratificação aos fiscais, caso o arrecadado supere as metas da secretaria.
"Acredito que, no acumulado de três a quatro anos, a arrecadação cresça 15%. Utilizaremos como meta o índice de vendas do varejo, calculado pelo IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia Estatística]", disse Levy.


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