São Paulo, segunda-feira, 10 de outubro de 2011

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ANÁLISE

Aos 24 anos, a única 'culpa' que o bicampeão tem é ser precoce

FÁBIO SEIXAS
DO RIO

Aos 24, Schumacher fazia sua segunda temporada completa na F-1, Senna estreava pela Toleman, Piquet disputava Super-Vê, Emerson tentava se firmar na Lotus, Fangio não tinha corrido nada.
Aos 24, Sebastian Vettel é bicampeão da F-1. E já ocupa posições de destaque em ran- kings históricos: é 13º em vitórias, sétimo em poles, o 15º a vencer mais de um Mundial.
É estranho, quase incompreensível um garoto com cara e gírias de garoto fazer companhia a senhores que gramaram por tanto tempo.
Vettel é bicampeão antes que o mundo o conheça como os outros. Por isso, não convence a todos, e é esta sua "culpa". Elogiá-lo, compará-lo a velhos ídolos, soa heresia para muitos fãs.
Mas o novo bicampeão é a mais aguda representação de uma nova era. Emerson, o precoce dos 70, era adolescente quando experimentou um kart. Vettel tinha oito anos -e muitos de seus atuais colegas começaram antes.
A partir daí, entrou numa linha de montagem e avançou por méritos próprios.
Como nas chances que teve na F-1 antes da Red Bull. Pela BMW, pontuou na estreia. Pela Toro Rosso, conquistou a única vitória do time e foi alçado à Red Bull.
Schumacher tinha 26 quando foi bi. Senna, 30. Emerson, 27. Piquet, 31. Fangio, 43. Onde Vettel estará quando tiver mais história, uma pé-de-galinha, mãos mais calejadas?
Lá no topo. Símbolo para crianças começarem mais cedo. Até seus recordes serem superados. Impossível? Está aí seu sorriso de garoto para mostrar que isso é bobagem.


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