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São Paulo, segunda-feira, 10 de novembro de 2003

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FUTEBOL

Volante não entra em campo, briga com Juninho e ameaça diretoria

Corinthians quebra jejum, mas Vampeta amplia crise

JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL

A sequência de derrotas já era. Depois de perder quatro partidas seguidas, o Corinthians conseguiu quebrar a série ao bater, diante de apenas 3.914 pagantes, o Goiás, no Pacaembu, por 2 a 0.
Quebrou ainda uma sequência de seis vitórias seguidas da equipe goiana, que viu reduzidas suas chances de conseguir uma vaga na Libertadores de 2004.
Sua crise, no entanto, ficou ainda mais séria do que antes do jogo. O volante Vampeta, que estava afastado por contusão desde o início do Brasileiro, brigou com Juninho. Segundo ele, o treinador havia lhe prometido que jogaria ontem durante 20 ou 30 minutos. Aos 40min do segundo tempo, como ainda não havia sido colocado em campo por Juninho, resolveu se mandar para o vestiário.
À noite, no ""Mesa Redonda", da TV Gazeta, encontrou-se com Roque Citadini, vice de futebol do Corinthians, e avisou que neste ano não joga mais no clube.
Mostrou-se inconformado com a atitude de Juninho de não o colocar em campo e disse que recebeu propostas do exterior no período em que ficou parado, mas que não as aceitou para ficar no Corinthians.
Irritado, afirmou ainda que o lateral André Luís não jogou porque havia pedido para ficar fora.
O dirigente admitiu que era verdade e afirmou que ainda hoje vai rescindir o contrato do lateral.
Citadini deve se reunir com o diretor Rivellino e com o presidente Alberto Dualib para decidir o que fazer com Vampeta e a crise que ele abriu com Juninho.
Além das críticas do volante, o técnico sofreu com a torcida, que o chamou de ""burro" ao ver o time perder o setor do meio-campo para o adversário na fase final.
Só quando mexeu no time, colocando Cocito no lugar de Jamelli e Wendell no de Pingo, por alguns momentos o técnico ganhou os torcedores. Eles comemoraram a saída de Jamelli, hostilizado desde que perdera um pênalti, sofrido por ele próprio, aos 13min do segundo tempo.
Além de despertar a ira da torcida contra Jamelli, a penalidade irritou os atletas e a comissão técnica do Goiás. Eles alegaram que Gustavo não havia derrubado o meia-atacante e que o juiz havia errado ao marcar a falta.
Reclamaram também que ele deixou de anotar um pênalti sofrido por Dimba. Alcançado na artilharia do campeonato pelo são-paulino Luis Fabiano, que ontem também chegou aos 29 gols, o atacante do Goiás disse ter sido derrubado na área por Betão, o que o corintiano negou.
Dimba reclamou ainda de outro lance, em que disse ter sido deslocado por Marquinhos na área -o juiz também nada marcou.
Já Jamelli acredita que as vaias só aconteceram porque o Corinthians caiu de produção no final da partida de ontem.
""Começamos bem o jogo, fizemos dois gols e até poderíamos ter feito mais", afirmou.
Na etapa inicial, de fato o Corinthians foi bem. Foi aí que anotou seus dois gols.
O primeiro surgiu aos 12min. Pingo fez boa jogada pela direita do ataque e cruzou para a área, a bola passou por Wilson e sobrou para Jamelli, livre, chutar forte diante do goleiro e marcar.
O segundo aconteceu oito minutos depois. Jamelli bateu escanteio, Gil tocou de cabeça e anotou.
No segundo tempo, porém, depois do pênalti que Jamelli bateu no canto direito de Rodrigo Calaça e o goleiro defendeu, o panorama da partida mudou.
O Goiás partiu para o ataque, criou pelo menos quatro boas oportunidades de gol e por pouco não marcou.


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