São Paulo, domingo, 11 de janeiro de 2004

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MEMÓRIA

Engenheira pode furar bloqueio e vingar mulheres

DA REPORTAGEM LOCAL

O eventual sucesso de Antonia Terzi com o FW26 vingaria as mulheres na F-1. Em 54 anos, a categoria foi um clube fechado, exclusivo para homens.
As que se aventuraram a furar o bloqueio acabaram fracassando. Inclusive as pilotos.
Cinco mulheres já tentaram disputar GPs. Apenas duas conseguiram: as italianas Maria Teresa de Filippis, que correu cinco provas nos anos 50, e Lella Lombardi, que disputou 17 corridas entre 1974 e 1976.
Lella foi a única a pontuar. Mas, ironia do destino, não teve nem o gostinho de marcar um "ponto completo": levou apenas 0,5, já que chegou em sexto lugar no acidentado GP da Espanha de 1975, encerrado prematuramente após 29 voltas -pelo regulamento, quando uma corrida é encerrada com menos de 66% de sua extensão, os pilotos ganham metade dos pontos em disputa.
A inglesa Divina Galica, a sul-africana Desireé Wilson e a italiana Giovanna Amatti -a última a tentar, em 1992- buscaram seguir os passos das pioneiras, mas não conseguiram classificar seus carros no grid.
Além delas e das acompanhantes dos pilotos, até meados dos 80 as únicas mulheres nas pistas eram modelos contratadas por patrocinadores que, em trajes reduzidos, andavam de um lado para outro.
Homem-forte da F-1, Bernie Ecclestone, então, quis dar um ar mais familiar e politicamente correto à categoria e promoveu uma blitze. Atualmente, as roupas são mais comportadas e as modelos, mais comedidas.
Hoje, além de Antonia, há outra engenheira na F-1: a inglesa Gill Hall, que atua na área de telemetria da Toyota. (FSX)


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