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suado
Santistas acuam São Paulo, que só triunfa no final
Garotos do time do litoral têm até a chance de ganhar, mas gol de Carlos Alberto aos 41min garante vitória do time favorito
Jogo no Morumbi repete problemas de arbitragem no Paulista, mas resgata
gols e emoção nos clássicos da competição
JULYANA TRAVAGLIA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Parecia que a desorganização
mesclada à falta de experiência
de alguns jogadores no Santos
venceria o mais badalado time
do Campeonato Paulista.
Mas depois de um dos poucos
jogadores rodados, o atacante
Kléber Pereira, perder por duas
vezes a oportunidade de dar a
vitória santista no momento
em que o placar parecia decretar o empate, um meia não tão
veterano, mas já bem experimentado, mudou a história do
clássico entre Santos e São Paulo, ontem no Morumbi.
Foi de Carlos Alberto o gol da
vitória são-paulina, aos 41min
do segundo tempo, que fechou
a conta da partida em 3 a 2 para
o time paulistano, em um jogo
que começou movimentado e
terminou com duas expulsões
-Rodrigo Tabata e Adriano.
E o gol do ex-garoto problema colocou o São Paulo novamente entre os quatro melhores do Estadual, além de fazer o
time voltar a vencer na competição. A equipe também é a única invicta do torneio.
Aos santistas, restou a reclamação pela não marcação de
um pênalti e a volta da ameaça
do rebaixamento, às vésperas
da estréia na Libertadores.
"Os caras estão chorando.
Todo mundo viu que não foi nada", disse Miranda, a quem os
santistas atribuíram a infração
dentro da área por ter tocado a
bola com a mão no momento
em que Kléber Pereira se preparava para chutar a gol.
"Chorando? Mas é um brincalhão", reclamou o atacante
Alemão sobre o zagueiro. "Foi
pênalti. O Kléber ia fazer o gol e
ele colocou a mão."
As atitudes do árbitro Antônio Rogério Batista do Prado
foram prontamente analisadas
pelo Coronel Marinho, chefe da
arbitragem da federação, logo
que a partida terminou.
"É um árbitro bom que fez
tudo muito bem para estar no
clássico, merecia isso. Quem
não foi bem foram os jogadores.
Ele foi bem nas expulsões e na
parte técnica. Está de parabéns", afirmou o dirigente.
Polêmicas à parte, o São Paulo parece ter reconquistado a
confiança que andava faltando
ao time. "Foi o nosso melhor jogo no ano. O time esteve muito
bem", analisou o goleiro e capitão são-paulino Rogério.
Já o Santos tentará priorizar
a Libertadores, torneio visto
como a menina dos olhos da diretoria do clube, usando também seus jovens, que ontem
não foram tão bem na partida.
A não ser por Alemão, que
cruzou a bola para o gol de Rodrigo Souto, minutos depois de
o Santos sofrer um gol de falta
de Juninho, numa falha de Fábio Costa. O jovem pedia insistentemente para receber mais
bolas. Levantava os braços, gesticulava. Em vão.
Sorte de Carlos Alberto, que
pôde brilhar sozinho decretando a vitória em meio a tanta
confusão em campo.
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