São Paulo, segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

suado

Santistas acuam São Paulo, que só triunfa no final

Garotos do time do litoral têm até a chance de ganhar, mas gol de Carlos Alberto aos 41min garante vitória do time favorito

Jogo no Morumbi repete problemas de arbitragem no Paulista, mas resgata gols e emoção nos clássicos da competição

JULYANA TRAVAGLIA
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

Parecia que a desorganização mesclada à falta de experiência de alguns jogadores no Santos venceria o mais badalado time do Campeonato Paulista.
Mas depois de um dos poucos jogadores rodados, o atacante Kléber Pereira, perder por duas vezes a oportunidade de dar a vitória santista no momento em que o placar parecia decretar o empate, um meia não tão veterano, mas já bem experimentado, mudou a história do clássico entre Santos e São Paulo, ontem no Morumbi.
Foi de Carlos Alberto o gol da vitória são-paulina, aos 41min do segundo tempo, que fechou a conta da partida em 3 a 2 para o time paulistano, em um jogo que começou movimentado e terminou com duas expulsões -Rodrigo Tabata e Adriano.
E o gol do ex-garoto problema colocou o São Paulo novamente entre os quatro melhores do Estadual, além de fazer o time voltar a vencer na competição. A equipe também é a única invicta do torneio.
Aos santistas, restou a reclamação pela não marcação de um pênalti e a volta da ameaça do rebaixamento, às vésperas da estréia na Libertadores.
"Os caras estão chorando. Todo mundo viu que não foi nada", disse Miranda, a quem os santistas atribuíram a infração dentro da área por ter tocado a bola com a mão no momento em que Kléber Pereira se preparava para chutar a gol.
"Chorando? Mas é um brincalhão", reclamou o atacante Alemão sobre o zagueiro. "Foi pênalti. O Kléber ia fazer o gol e ele colocou a mão."
As atitudes do árbitro Antônio Rogério Batista do Prado foram prontamente analisadas pelo Coronel Marinho, chefe da arbitragem da federação, logo que a partida terminou.
"É um árbitro bom que fez tudo muito bem para estar no clássico, merecia isso. Quem não foi bem foram os jogadores. Ele foi bem nas expulsões e na parte técnica. Está de parabéns", afirmou o dirigente.
Polêmicas à parte, o São Paulo parece ter reconquistado a confiança que andava faltando ao time. "Foi o nosso melhor jogo no ano. O time esteve muito bem", analisou o goleiro e capitão são-paulino Rogério.
Já o Santos tentará priorizar a Libertadores, torneio visto como a menina dos olhos da diretoria do clube, usando também seus jovens, que ontem não foram tão bem na partida.
A não ser por Alemão, que cruzou a bola para o gol de Rodrigo Souto, minutos depois de o Santos sofrer um gol de falta de Juninho, numa falha de Fábio Costa. O jovem pedia insistentemente para receber mais bolas. Levantava os braços, gesticulava. Em vão.
Sorte de Carlos Alberto, que pôde brilhar sozinho decretando a vitória em meio a tanta confusão em campo.


Texto Anterior: Painel FC
Próximo Texto: San-São acaba com marasmo dos clássicos em 2008
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.