Ligado na Libertadores, clube paulista escala time misto no 1º jogo do Flamengo com portões fechados nos 58 anos do estádio

DA REPORTAGEM LOCAL
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM SANTOS

De um lado, um time abatido após incrível eliminação na Libertadores. Do outro, um clube fortalecido justamente após uma classificação incontestável na competição continental. Assistindo ao jogo, ninguém.
Pela primeira vez na história, o Flamengo jogará no Maracanã sem o apoio de sua torcida. E o rival, o Santos, envolvido com sua participação na competição mais importante, decidiu esvaziar ainda mais a partida, escalando uma equipe suplente.
O jogo terá portões fechados por decisão do STJD. Na reta final do Brasileiro do ano passado, os flamenguistas perderam o mando de jogo de uma partida por causa de uma cerveja lançada por um torcedor contra a arbitragem em jogo contra o Grêmio no estádio.
O técnico Emerson Leão preferiu priorizar a Libertadores, na qual o clube está classificado para as quartas-de-final e, na quinta-feira, pega no México o América, que tirou a equipe carioca do torneio ao vencê-la por 3 a 0 no Maracanã.
O time santista nem sequer para este jogo treinou. Parte dos jogadores seguiu da Colômbia, onde o time venceu o Cúcuta, para o Rio. Alguns atletas viajaram direto para o México.
A delegação chegou ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, por volta das 8h de ontem e, logo em seguida, seguiu rumo ao Rio.
"Nosso planejamento é jogar e vencer todas as partidas que temos. Chegando ao Rio, vamos nos enfiar no hotel, de onde só sairemos para enfrentar o Flamengo", disse o técnico Leão, ainda na Colômbia.
O time que jogará contra os campeões cariocas terá basicamente atletas que não fazem parte da lista de 25 nomes que Leão dispõe para a Libertadores. Nomes como os do goleiro Douglas, do zagueiro Anderson Salles, do lateral-esquerdo Carleto, do atacante Tiago Luís e dos meias Quiñonez, Vítor Júnior, Hudson e Adoniran.
No ano passado, o Santos também recorreu a reservas na primeira rodada do Campeonato Brasileiro ao enfrentar outro rubro-negro, o Sport. Na partida em Recife, os santistas amargaram derrota por 4 a 1.
Parte dos jogadores que sofreram desgaste físico nas últimas partidas válidas por Libertadores e Paulista deve mesmo ser poupada, como é o caso do meia Molina, que se recupera de lesão muscular, e do volante Marcinho Guerreiro, que sofreu uma bolada na região genital nos treinamentos.
"Prefiro descansar para o próximo jogo", disse o volante, que deve ser atendido.
O treinador já usou a tática de dividir o grupo neste ano.
Na partida contra o também mexicano Chivas, na primeira fase da Libertadores, Leão fracionou seu elenco, sendo que uma parte viajou para o México enquanto outro grupo permaneceu em Santos para cumprir tabela pela última rodada do Estadual, um empate em 2 a 2 com a Ponte Preta.
O time santista terá folga na próxima segunda-feira e deve rumar ao México na terça-feira.