|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Juca Kfouri
O México da Europa
Com trio forte na
frente, Suécia é
aposta européia,
mas parece exagero
TODA COPA é a mesma coisa. Tirante os
favoritos óbvios,
sempre se buscam aqueles
que podem surpreender.
Agora não é diferente.
Se entre as seleções da
América a do México pinta como azarão, na Europa
aposta-se na Suécia.
Motivos para apostar no
México não faltam, principalmente no Brasil, por
causa dos recentes sucessos astecas contra a seleção brasileira e pelo progresso de seus clubes,
mais ricos e organizados
que os nossos.
Há entre eles a crença
que um desempenho positivo na Copa porá o México no mapa da primeira divisão do futebol mundial.
Daí até o sacrifício dos
participantes da Libertadores que cederam seus
atletas à seleção, em abril,
antes dos demais, certos
de que uma classificação
honrosa -eles falam até
em ganhar- terá retorno
imediato. O prêmio pela
conquista é maior que o
prometido pela CBF.
Verdade que as derrotas
para a França e para a Holanda nos dois últimos
amistosos pré-Copa arrefeceram um pouco o otimismo mexicano e o temor de seus adversários,
surpresos com o fato de o
México ser cabeça-de-chave no grupo em que está Portugal, vice europeu.
Já os suecos têm outros
horizontes. Convencidos
de que jamais terão um
campeonato nacional que
rivalize com os principais
entre os europeus, classificaram-se só em segundo
lugar nas eliminatórias,
derrotados duas vezes pela Croácia. Ontem, a Suécia estreou (0 a 0) diante
de Trinidad e Tobago.
Mas a tradição sueca em
Copas do Mundo não é
desprezível: duas vezes
em quarto lugar (1938 e
1950), uma vez vice (em
1958, anfitriã derrotada
pelos brasileiros) e com
outra boa participação em
1994, quando arrancou
um bronze nos EUA.
Para repetir o bom desempenho, há confiança
no trio de frente Ljungberg (Arsenal), Larsson
(ex-Barcelona) e Ibrahimovic (Juventus).
O suecos despertam respeito, por exemplo, do especialista da BBC, Tim
Vickery, que os considera
mais perigosos do que, por
exemplo, os ingleses. Parece um exagero.
blogdojuca@uol.com.br
Texto Anterior: A (nova) eficiência alemã Próximo Texto: Filhos da guerra Índice
|