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PINGUE-PONGUE
"Quem não bebe
não joga", afirma o doutor Sócrates
DA REPORTAGEM LOCAL
E DO PAINEL FC
Cerveja tem tudo a ver
com os protagonistas da Copa do Mundo, os atletas. A
opinião é do ex-meia e médico Sócrates, 51, que jogou os
Mundiais de 1982 (Espanha)
e 1986 (México).
(ML E RP)
Folha - A Copa tem 20 times
patrocinados por cervejas...
Sócrates - Vinte? Então vão
servir cerveja no meio-de-campo. Quero jogar.
Folha - Esse patrocínio não
pode influenciar os jovens?
Sócrates - O que estimula é
o convívio com quem bebe.
Folha - Cerveja faz mal ao
jogador de futebol?
Sócrates - Não interfere
porcaria nenhuma no esporte coletivo, você tem com
quem dividir. No individual,
é problema, caso exagere.
Folha - O Antônio Roque Citadini, vice do Corinthians,
diz que há muito alcoolismo
no futebol. É verdade?
Sócrates - Nunca vi. Só se,
para ele, tomar uma cerveja
é alcoolismo. Tomar todo
mundo toma. Tem uma máxima no futebol, que vem do
meu tempo: quem não bebe
não joga. Hoje tem gente que
não bebe, mas cheira. E, se
bebem muito, é porque ficam presos na concentração. Dirigente diz que vai à
concentração para cuidar
dos anjinhos, mas não é isso.
Folha - É para fazer o quê?
Sócrates - Vai fazer o que
não pode fazer em casa: pegar mulher, beber...
Folha - E o que diziam quando você bebia no hotel?
Sócrates - Nunca tomei na
concentração. Lutava contra
o sistema, então não podia
dar brecha. Tomava depois
do treino. Aí é a minha vida,
ninguém tem nada com isso.
Folha - Algumas das cervejas que estão na Copa são
Brahma, Guinness, Mahou...
Sócrates - Conheço a Mahou, é espanhola. Tem também a Quilmes. Dessas aí,
nenhuma é ruim. As melhores do mundo são as belgas,
mas não são cervejas para a
gente beber como aqui no
Brasil, como refrigerante.
São mais pesadas. Gosto da
Guinness, mas só um copo.
Prefiro as brasileiras, com
pouco álcool e geladas.
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