São Paulo, domingo, 12 de fevereiro de 2006

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FUTEBOL

Após bom início, equipe só fez 22,2% dos pontos nos três últimos jogos

Decadente, Palmeiras já perde liderança no Paulista

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois da disparada inicial, o Palmeiras teve queda de rendimento significativa, o que o levou a perder ontem a liderança do Paulista. Pela terceira rodada seguida, a equipe não venceu, desta vez jogando em casa.
Com desfalques, o time empatou por 1 a 1 com o Bragantino, ontem, no Parque Antarctica. Assim, ficou com 17 pontos, dois a menos do que o líder Noroeste. E ainda pode ser ultrapassado por Corinthians e Santos, que se enfrentam hoje.
Após as cinco primeiras rodadas, o Palmeiras tinha liderança folgada ao obter 100% dos pontos que disputou. Mas, nos últimos três jogos, esse percentual de aproveitamento caiu para quase um quinto. Foram apenas dois pontos em três rodadas, isto é, 22,2% do total disputado.
A decadência começou com a derrota no clássico para o São Paulo, que desencadeou clima tenso no clube. Isso foi agravado pela confusão em que se envolveu o técnico Emerson Leão, no jogo com o Guarani.
Aliado a esses problemas, o Palmeiras mostrou fragilidade em seu elenco, com falta de bons reservas e carência em determinadas posições. Ontem, os diversos desfalques pesaram na atuação da equipe do Parque Antarctica.
No meio-campo, Marcinho Guerreiro foi o único titular que atuou. Ficaram de fora Paulo Baier, Marcinho e Juninho, que ainda não jogou no Paulista. A defesa não tinha Daniel.
E, para piorar, Marcos sofreu lesão muscular aos 21min e teve de ser substituído por Sérgio.
As falhas da defesa ficaram latentes desde o início. Lento, Valdomiro sobrecarregou Gamarra e, quando exigido, errou.
Aos 4min, Marcinho Guerreiro errou e entregou a bola para Dinélson, que deu bom passe para Marcos Aurélio. Em velocidade, o atacante do Bragantino driblou Valdomiro e chutou no contrapé de Marcos para abrir o placar.
O empate do Palmeiras aconteceu oito minutos depois. Após triangular com Reinaldo e Washington, Corrêa recebeu na área e chutou no canto para fazer o gol.
Não foi a toa que o lateral-direito marcou o tento. Após receber bronca de Leão na sexta-feira, ele foi o palmeirense mais eficiente.
No primeiro tempo, foi quem mais cruzou (9), mais deu assistências (2) e mais finalizou (2). Como conseqüência foi o mais acionado com 19 bolas e, apesar disso, não errou nenhum passe.
Mas, se o lateral foi bem, o meio-campo sentiu a falta dos titulares. Reinaldo, Christian e Ricardinho criaram poucas jogadas e sequer controlavam a posse de bola para a equipe. Marcinho Guerreiro corria, mas esbarrava nas próprias limitações.
Sem criatividade, o time apelava para os cruzamentos. Com o desespero no segundo tempo, essa tática se acentuou. No abafa, o Palmeiras teve oportunidades na área, mas esbarrou na falta de pontaria de seus jogadores.
Nem Edmundo, nem Washington, nem Gionio souberam fazer o gol. O Bragantino ameaçava nos contra-ataques. E até provocou o primeiro cartão amarelo de Gamarra no clube, onde joga desde maio de 2005, mas não fez o gol. Sobrou aos palmeirenses a bronca de Leão.


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