São Paulo, domingo, 12 de abril de 2009

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Entrevista

Para atleta, futuro do turfe esta em risco

DE NOVA YORK

Para a joqueta Maylan Studart, não e apenas o profissional das corridas que deveria ser mais respeitado no Brasil. A imagem e o futuro do turfe estão em risco no país, diz. O problema do Jockey Club Brasileiro e que eles não tem o mínimo interesse em nada a não ser naquelas mesmas pessoas apostando, os mesmos viciados, e não e por ai, diz. O Brasil tem bons cavalos, bons joqueis, mas e preciso colocar o nome do Jockeye m coisas positivas para a sociedade. (AM)

FOLHA -Turfe e esporte?
MAYLAN STUDART

- Essa discussão rola dentro do Jockey Club Brasileiro todos os dias. O que eu reclamava quando estava la dentro e que o publico não se renova. Eles tem que trazer mais gente para dentro do Jockey para apostar e aproveitar. Mas o setor de marketing deles não trabalha dessa maneira. O caminho e colocar uns comerciais, pôneis e playgrounds para as crianças... No Brasil, o turfe e malvisto por causa das apostas. Temos que colocar o nome jóquei em coisas positivas para a sociedade.

FOLHA - Como você veio correr nos EUA?
MAYLAN
- Conheci no Brasil o treinador americano J.J. Graci, que me viu montar no Rio e disse que, se eu quisesse ir para os EUA, ele assinaria meus papeis e eu teria um futuro. Aceitei e fui montar em Miami em 2008. Chegando la, Graci teve problemas financeiros e se mudou. Eu conheci o [jóquei brasileiro] Manuel Cruz, que me acolheu e me apresentou para os treinadores locais. Em pouco tempo, comecei como aprendiz.

FOLHA - No Brasil e nos EUA, você tem uma imagem sexy. Isso ajuda ou atrapalha?
MAYLAN
- Depende. Ajuda para o patrocínio, mas as vezes incomoda os treinadores, suas mulheres. Não e a imagem que eu quero ter hoje. Quero ser a profissional, a responsável, a batalhadora. Mas eu gosto de me sentir bonita. E fundamental para o jóquei ter autoconfiança, para não se sentir intimidado nas corridas. Esses joqueis importantes tem o ego do tamanho de um prédio, mas e isso que os faz ganhar.

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