São Paulo, domingo, 12 de abril de 2009

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Crise também é motivo de preocupação

DE NOVA YORK

A crise de identidade e o dilema moral não são os únicos desafios que o turfe enfrenta: a atividade foi fortemente afetada pela crise, a ponto de especialistas projetarem a sobrevivência do modelo atual para no máximodez anos. Caíram as apostas, os prêmios e até as vendas dos cavalos. O pool de apostas nas corridas americanas teve queda de 9,35%no primeiro trimestre deste ano (US$ 3,1 bilhões contra US$ 3,4 bilhões). Só no mês passado, a queda foide14%em relação aos 12 meses anteriores, segundo pesquisa da Equibase para o Jockey Clube dos EUA. "Março foi um choque. Foi a primeira queda de dois dígitos desde que eu possa me lembrar", disse à Folha John Pricci, editor executivo da revista "Horse RaceInsider". Ainda no primeiro trimestre, apesar de as corridas terem passado de 1.139 para 1.154 neste ano, os prêmios distribuídos tiveram queda de 3,47%, de US$ 223,6 milhões para US$215,9milhões. Mas a crise atravessou o Atlântico. "Os números mostram que, se não mudarmos o esporte nos próximos cinco a dez anos, nossa audiência vai cair de um precipício", afirmou à BBC Simon Bazalgette, executivo-chefe do Jockey Clube Britânico. Se piorou a situação, a recessão não inaugurou o problema.O público tradicional do turfe está envelhecendo, e as corridas não atraem os mais jovens para as pistas. As apostas fora dos hipódromos foram responsáveis por 90% do faturamento em 2008, o que muitos veem com preocupação. (AM)

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