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Vitória sobre Costa Rica faz técnico alcançar inédita seqüência invicta de 16 jogos e põe o Brasil na 2ª fase da Copa América com uma rodada de antecedência
Seleção goleia, avança e dá série recorde a Parreira
FERNANDO MELLO
ENVIADO ESPECIAL A AREQUIPA
O Brasil goleou ontem a Costa
Rica por 4 a 1, garantiu a passagem para as quartas-de-final da
Copa América e proporcionou
um recorde a Carlos Alberto Parreira: foi o 16º jogo sem derrota da
seleção, a maior seqüência invicta
do técnico reunindo suas três passagens pelo time nacional.
Desde junho do ano passado,
quando levou 1 a 0 de Camarões
na Copa das Confederações, a
equipe de Parreira não sabe o que
é perder. Entre dezembro de 93 e
sua reestréia na seleção, dez anos
depois, o treinador registrou uma
série invicta de 15 partidas -incluídos os sete jogos da Copa-94.
O atual período de invencibilidade mescla confrontos sem gols
(aconteceram três 0 a 0 neste ano)
com goleadas. Foi a terceira vitória por três gols de diferença em
dois meses e meio: no final de
maio, a seleção venceu a Catalunha por 5 a 2; um mês antes, bateu
a Hungria por 4 a 1.
O Brasil lidera o Grupo C, com
seis pontos. Poderia ainda ontem
ser alcançado pelo Paraguai, que
enfrentaria o Chile após o fechamento desta edição.
"Está dentro do que a gente esperava. O time só tem 13 dias junto", disse Parreira sobre a vitória
de sua seleção B. Nenhum titular
do time principal foi ao Peru.
O destaque do jogo em Arequipa foi o atacante Adriano, que
marcou três gols. O zagueiro Juan
completou a goleada.
A vitória marcou a estréia do
atacante Vágner Love na seleção
principal. Destaque nos coletivos
do time, o ex-palmeirense entrou
no segundo tempo, mas teve uma
atuação apagada nos 25 minutos
que passou em campo.
Na quarta-feira à noite, o Brasil
fecha sua participação na primeira fase, contra o Paraguai. Classificam-se à segunda fase os dois
primeiros colocados de cada grupo, além dos dois melhores terceiros colocados.
Terminar em primeiro lugar facilita a vida da seleção nas quartas-de-final, pois, nesse caso, o time jogaria em Tacna, cidade bem
próxima de Arequipa -não precisando, portanto, mudar de base
na competição. Se acabar em segundo, atua em Piura.
A rodada do final de semana
tornou mais possível uma possibilidade que parecia totalmente
descabida ao início da competição: um confronto entre Brasil e
Argentina já nas quartas-de-final.
Os argentinos, que levaram sua
força máxima ao torneio, foram
derrotados no sábado à noite pelo
México e, se a primeira fase terminasse ontem, iriam pegar os seus
maiores rivais continentais.
Para que isso de fato ocorra, o
Brasil precisa acabar na liderança,
e a Argentina tem de ser terceira
colocada em seu grupo -o que
acontece se empatar com o Uruguai e o México bater o Equador
na rodada derradeira.
Após a derrota dos argentinos,
Parreira se disse ainda mais convencido de que fez a coisa certa ao
poupar o time titular na Copa
América. Na avaliação do treinador, se o time principal do Brasil
sofresse derrota semelhante, sofreria desgaste excessivo e desnecessário num torneio esvaziado.
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