DA REPORTAGEM LOCAL

O suíço Roger Federer conquistou ao menos uma façanha no Aberto dos EUA. Ontem, ao despachar o inglês Tim Henman, alcançou a sua terceira final seguida em torneios de Grand Slam.
Mas é na decisão do campeonato que o atual número um do mundo pode estampar definitivamente seu nome nos livros de história. Ele duela hoje pelo troféu contra o australiano Lleyton Hewitt, a partir das 17h, na quadra central de Flushing Meadows.
Campeão no Aberto da Austrália e em Wimbledon, o jogador pode se igualar a Mats Wilander, o último atleta que conseguiu triunfar em três torneios da série mais nobre do tênis em uma mesma temporada. A série foi lograda pelo sueco em 1988.
O principal entrave para Federer agora está do outro lado da quadra. Ex-líder do ranking, Hewitt, 23, faz uma campanha impecável no Aberto dos EUA.
Ontem, também venceu fácil sua semifinal contra o sueco Joachim Johansson -cravou 3 sets a 0, com parciais de 6/4, 7/5 e 6/3.
Detalhe: ele chega à decisão sem perder nenhum set em seis jogos disputados. Desde o início da Era Aberta, em 1968, ninguém conseguiu um desempenho tão avassalador em eventos de Grand Slam.
Apesar de contar com menos títulos em 2004 do que seu oponente na final -quatro contra nove-, o australiano leva vantagem no confronto direto. Em 13 partidas oficiais disputadas com Federer, ele registrou oito vitórias.
"Estive muito bem nos últimos meses e agora tenho apenas mais uma partida para o título", disse Hewitt após o jogo de ontem.
As estatísticas, contudo, não trazem apenas notícias ruins para o líder do ranking. Federer venceu os três últimos embates disputados com o australiano.
Mais: neste ano, ganhou 64 das 70 partidas que disputou.
Contra Henman, exibiu um jogo preciso e letal. Cedeu apenas uma quebra de saque ao rival e fechou a partida em incontestáveis 3 sets a 0, parciais de 6/3, 6/4 e 6/4.
Mesmo assim, diz que nada tem sido fácil para ele nos EUA. "As partidas foram mais complicadas do que pareceram. Especialmente contra o Henman, que me colocou sob pressão o tempo todo", afirmou o jogador de 23 anos.
No único Grand Slam em que não chegou à decisão em 2004, Federer acabou eliminado por Gustavo Kuerten. A partida ocorreu em maio e valeu pela terceira rodada de Roland Garros.