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Com gol acidental, Santos cola na Libertadores
Bola despretensiosa alçada por Rodrigo Tabata entra no gol de Flávio e facilita campanha alvinegra por vaga na taça continental
MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL
É, Flávio. Tem dias que realmente não dá certo.
Num dia em que seu clube, o
Paraná, dava muito trabalho ao
Santos na Vila Belmiro, o goleiro falhou numa bola alçada na
área, em falta cobrada por Rodrigo Tabata. Assim fez-se a vitória do time de Vanderlei Luxemburgo, rival direto do Paraná pela vaga na Libertadores.
Numa falta cobrada da esquerda, o meia santista acabou
marcando sem querer. Quando
se deu conta de que a bola intocada ia encobri-lo e entrar no
gol, Flávio ainda estapeou a redonda. Sem sucesso.
"Foi um cruzamento realmente", disse Rodrigo Tabata,
em momento de honestidade
raro em lances como esse.
Porém fez questão de emendar: "Mas você vê que isso é trabalho, né? Você viu que o Reinaldo quase tocou na bola e
atrapalhou o goleiro", disse Tabata. Na verdade, quem esteve
perto de completar para o gol
foi o meia Cléber Santana.
O técnico Caio Júnior, no intervalo, demonstrou que ia ter
contas a acertar com o goleiro.
"O time estava bem taticamente. Tomamos um gol num
azar, o Flávio não foi feliz", afirmou o treinador, desiludido.
A verdade é que a infelicidade de Flávio facilitou muito um
jogo duro, em que o Santos tinha diante de si um adversário
ousado, aplicado na marcação e
capaz de contra-ataques perigosos. Por pouco, os paranistas
não saíram à frente logo nos
primeiros 15min da partida.
Sandro lançou Leonardo,
que passou pela zaga e tocou na
saída de Fábio Costa. A salvação veio nos pés do zagueiro
Ronaldo Guiaro, que despachou a bola em cima da linha.
A vantagem deu ao Santos
tranqüilidade. O time, que pouco fez no primeiro tempo, voltou com mais controle da partida. Se não agradou a torcida,
convocada por Luxemburgo
para apoiar na briga pela Libertadores, ao menos manteve o
bom rendimento caseiro.
Os donos da casa tentavam
ampliar por meio de Wellington Paulista e Reinaldo, que
perdeu ao menos três gols. Aos
32min do segundo tempo, porém, os visitantes ressurgiram.
A entrada de Maicossuel no
lugar de Edinho deu mais
agressividade aos tricolores do
Paraná. A melhor chance veio
na cabeçada de Beto, que Fábio
Costa defendeu no canto.
O Santos não conseguiu o segundo gol por dois motivos. O
primeiro foi a expulsão de
Adriano, que entrou no lugar de
Tabata, mas fez faltas desleais e
tomou dois amarelos. Complicou para seu time, que foi encurralado no fim pelo Paraná.
O segundo foi a atuação brilhante do mesmo Flávio que
havia entregado o gol. Em pelo
menos duas defesa brilhantes e
numa saída em que fechou o
ângulo de um Reinaldo cara a
cara, ele garantiu que a bola não
entraria novamente.
Para não se abater completamente, Flávio teve o consolo de
que o Vasco permitiu o empate
ao Juventude no Rio, o que deixa seu clube apenas um ponto
atrás da zona da Libertadores.
Já o Santos, com 59 pontos,
fica cada vez mais próximo do
sucesso na campanha, ainda
que só 8.234 torcedores tenham ido à Vila Belmiro.
Colaborou a Agência Folha, em Santos
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