São Paulo, segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

FUTEBOL

Após quebrar série invicta do Al Ahly, time quer surpreender São Paulo

Árabe supremo, Al Ittihad agora luta por "algo mais"

DA REPORTAGEM LOCAL

O Al Ittihad já tem o que comemorar. Mesmo depois de ver a Fifa proibir a presença de seus três reforços contratados especialmente para o Mundial, o time da Arábia Saudita conseguiu superar as quartas-de-final do torneio e agora enfrenta o São Paulo,quarta-feira, na luta pela vaga na final.
Ainda que não consiga galgar um novo degrau, o Al Ittihad reservou seu espaço na história do torneio intercontinental.
Ao sair como vencedor do confronto que apontou o rival do time brasileiro na semifinal, venceu o Al Ahly por 1 a 0, ganhou destaque por ter acabado com uma série invicta de 55 jogos que a equipe egípcia ostentava e, de quebra, pôde celebrar o título simbólico de melhor clube do mundo árabe.
O técnico do Al Ahly, Manuel José, destacava antes do Mundial o fato de sua equipe e o Al Ittihad já chegarem ao Japão com uma rivalidade regional acirrada, apesar de disputarem torneios continentais distintos.
A "proeza", sobretudo depois do baque que o time sofreu às vésperas de estrear -foi informado que Pedrinho, Marcão e Lima não poderiam jogar o Mundial por terem sido contratados fora dos prazos estipulados pela federação saudita-, levou o técnico Anghel Iordanescu à euforia.
"Quero parabenizar meus jogadores. Estou muito orgulhoso. Isso foi especial", disse o treinador romeno após o jogo.
Agora, segundo Iordanescu com a confiança renovada, o Al Ittihad pretende dar o passo seguinte e se tornar de fato a grande zebra do Mundial, eliminando o São Paulo e indo à decisão. "Não nos resta muita opção se precisarmos trocar jogadores, mas por sorte essa vitória nos dará muita confiança", completou.
Mas não foi fácil para o time saudita ir da depressão à alegria. No jogo que abriu o Mundial de Clubes, foi o Al Ahly que começou pressionando. Com uma formação ofensiva, montado no 3-4-3, o clube egípcio criou duas chances de abrir o marcador ainda na primeira etapa, ambas com Motab, o atacante mais adiantado do campeão africano.
O Al Ittihad, que atuou no 4-4-2 à européia -com duas linhas de quatro jogadores e dois atacantes à frente- e apostava no contragolpe para chegar ao gol, só passou a igualar as coisas no fim da etapa inicial. Kallon teve duas chances de pôr a equipe à frente.
No segundo tempo, bem mais equilibrado, as chances de gol rarearam. Somente a 12 minutos do fim do tempo normal é que o Al Ittihad foi às redes.
Após falha do goleiro El Hadary em cruzamento, o meia Mohamed Noor foi mais rápido que a zaga e tocou para o gol vazio.
"Uma hora tínhamos que perder. Infelizmente aconteceu no momento errado", lamentou o técnico do Al Ahly.


Com agências internacionais

Texto Anterior: São Paulo pega os "mercenários"
Próximo Texto: Recém-chegado, Liverpool conhece seu rival
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.