DA REPORTAGEM LOCAL

Após a grave crise vivida pelo tênis brasileiro, o presidente da CBT, Nelson Nastás, mudou o discurso: "Não renuncio, mas posso antecipar a eleição".
A declaração acontece após o boicote de Gustavo Kuerten à Copa Davis ter ganho a adesão de Flávio Saretta, André Sá e Ricardo Mello , a saída do capitão Jaime Oncins e a devassa que a polícia fez na sede da entidade, em São Paulo.
Em nota oficial após o anúncio de Guga, na terça-feira, Nastás disse que não cederia à pressão dos tenistas. "Cumpro meu mandato até o fim."
Ontem, Nastás se disse "tranqüilo" sobre o mandato de busca e apreensão expedido pela juíza Ivana David Boriero.
"Não existe irregularidade", disse ele, que está sendo investigado por formação de quadrilha e falsidade ideológica.
Sobre o pedido de assembléia geral extraordinária, que a oposição articula para tentar seu afastamento, Nastás afirmou que o processo não é tão simples, já que a solicitação terá que ser analisada pelo juiz.
Em relação à participação do Brasil na Davis, ele afirmou que deve definir o novo capitão na próxima terça ou quarta-feira -diz já ter feito contato com três ou quatro candidatos.
Sobre o fato de os atletas não disputarem a Davis sob sua administração, Nastás disse que os tenistas pensam apenas no curto prazo. "É uma questão de imagem. Eles estão defendendo o Brasil, não a CBT", afirmou o dirigente, que disse esperar que os jogadores repensem a posição, já que não sabe que equipe colocar em quadra.
Nastás, que na semana passada havia dito ter "plena certeza" de que os 4.500 lugares da Costa do Sauípe (BA) estariam lotados, já admite trocar o local da disputa com o Paraguai.
Se isso acontecer, o dirigente terá que justificar a mudança para a ITF (Federação Internacional de Tênis). (FI)


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