Pela 14ª vez, 3ª só na era MSI, time derruba técnico corintiano e segue na luta pelo Paulista-06

DA REPORTAGEM LOCAL

Diante do mesmo carrasco, o Corinthians manteve a sina que acompanha os treinadores do clube depois que se associou com a MSI. Após perder para o São Paulo, por 2 a 1, Antônio Lopes pediu demissão, ainda no Morumbi. Isso depois de uma infeliz escolha tática e só não ter sofrido goleada histórica pelo aproveitamento ruim dos rivais nas conclusões.
Fatos que se juntaram à desconfiança dos cartolas, a insatisfação dos prata-da-casa, das acusações de defensivismo exagerado e de permitir regalias a alguns dos astros trazidos por Kia Joorabchian.
Ao justificar sua opção, o técnico carioca negou problemas de relacionamento com elenco ou diretoria e disse que tomou a decisão com a mulher e o filho.
A mais recente troca de treinador teve sabor conhecido para o Corinthians, que está em quinto lugar no Paulista e fora da zona de classificação em seu grupo na Taça Libertadores da América.
Esta é a 14ª vez na história que um treinador do clube perde o emprego depois de enfrentar o São Paulo. Na era MSI, isso já havia acontecido com o gaúcho Tite e com o argentino Daniel Passarella na temporada passada.
Aliás, a empresa de Kia não conseguiu começar e terminar um campeonato com o mesmo treinador até agora -e já são seis competições da equipe desde que assumiu o time. Lopes, campeão brasileiro com o time no ano passado, se junta, além de Tite e Passarella, a Márcio Bittencourt, os degolados com a MSI.
Até o fechamento desta edição, o Corinthians não havia anunciado seu novo comandante. A escolha deve ser um novo round na disputa de poder entre o presidente Alberto Dualib, na Inglaterra há quase um mês, e a MSI.
Deve também causar marolas nos bastidores, já que o palmeirense Emerson Leão e o santista Vanderlei Luxemburgo, pelo currículo e força financeira da parceria, estarão na lista de favoritos ao cargo, especialmente na feita pelos cartolas corintianos -Joorabchian já atirou contra os dois.
Quem chegar vai receber um time com poucas opções defensivas e com o maior astro, o argentino Tevez, machucado.
Além do doce sabor de causar a saída de outro técnico do maior rival, o São Paulo, que não perde para o Corinthians há quase três anos e lidera seu grupo na Libertadores, celebra a volta à disputa pelo título do Paulista.
Beneficiado pela derrota do Santos para o Guarani, o time do Morumbi, assim como o Palmeiras, está agora apenas dois pontos atrás da equipe do litoral.
O São Paulo tem ainda a vantagem de fazer um confronto direto com os santistas no Morumbi, na penúltima rodada da competição.


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