|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SPARRING
Pelo tie-break
EDUARDO OHATA
Morte súbita ou tie-break?
Qual seria a melhor solução a
ser adotada em caso de empate
em uma disputa por título
mundial no boxe?
Nada é mais frustante que
uma decisão inconclusiva em
uma disputa de título.
Os cerca de 50 mil torcedores
que assistiram ao empate entre
os ex-campeões mexicanos Júlio
César Chávez e Miguel Ángel
González pelo título vago dos
meio-médios-ligeiros do Conselho Mundial, no México, no último sábado, concordam. Assim
como os milhões de telespectadores espalhados pelo mundo
inteiro que acompanharam a
luta pela televisão.
Para piorar, o combate preliminar, pela unificação dos cinturões dos palhas, entre o mexicano Ricardo Lopez e o nicaraguense Rosendo Alvarez, também terminou empatado.
Os lutadores que teriam sido
beneficiados pelos resultados
foram Chávez e Lopez. O fato
de ambos serem mexicanos e
"filhos favoritos" do Conselho
Mundial (que tem sede no México) não ajudou a entidade em
termos de credibilidade.
Mas qual seria a solução para
evitar os empates? Ninguém está sugerindo combates nos
quais apenas os vencedores
saiam caminhando do ringue.
Mas os organismos que controlam o boxe nos roubou o mais
próximo que havia da "morte
súbita" quando extinguiram as
lutas em 15 assaltos. Nelas, apenas os fora-de-série resistiam e
os empates eram raros.
Outra solução seria a implantação de um "tie-break", ou o
13º assalto, em caso de empates.
A inovação foi utilizada apenas
uma vez, nos Estados Unidos,
na década de 80, na disputa de
um título norte-americano.
As TVs não aprovam, pois lutas de 12 assaltos se encaixam
melhor na programação. Mas,
no caso de um eventual 13º assalto, seria necessário apenas
que as entrevistas fossem mais
breves. Todos, principalmente
os espectadores, ficariam felizes, com exceção do perdedor.
NOTAS
Lutador
Enquanto Chávez e González
concordam com uma revanche, Lopez diz que não está interessado em lutar novamente
com Alvarez. Ele prefere ascender de peso e desafiar Saman Sorjaturong pelo título
dos moscas-ligeiros.
Técnico
O técnico de Lennox Lewis,
Emanuel Steward, prevê uma
vitória rápida de seu pupilo
quando ele defender o cinturão
dos pesos-pesados do Conselho Mundial contra Shannon
Briggs, no final do mês. "Queremos um replay da luta contra
Andrew Golota, uma vitória
por nocaute no primeiro assalto ", diz o técnico. "Holyfield é
o adversário que queremos."
Promotor
O ex-jogador de basquete
Magic Johnson parece estar falando sério quando diz que
pretende ser promotor de boxe. Ele já está contratando auxiliares ligados ao esporte, como Sterling McPherson.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|