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Traições e dinheiro são marcas de eleição até o fim
DO PAINEL FC
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao entrarem na sede do Clube dos 13, os cartolas dos times
brasileiros mostraram o racha
na entidade para a eleição.
Da direita do prédio onde é a
sede da entidade, vinham os
apoiadores e o próprio Kléber
Leite, reunidos em um hotel vizinho. Do outro lado, chegava o
grupo mais numeroso de eleitores do presidente Fábio Koff,
que conquistou o seu sexto
mandato, de mais três anos
-dirige a entidade desde 1996.
A turma da situação era mais
numerosa, o que sinalizava a vitória. Mas as previsões dos dois
grupos eram diferentes.
Integrantes da oposição diziam que havia empate -10 votos a 10. Esse resultado daria a
vitória a Koff, pois Juvenal Juvêncio, vice da situação, era o
eleitor mais velho e tinha o voto
de minerva nesse caso.
Membros da situação previam a vitória por 12 a 8.
Fluminense e Bahia eram
apontados como eleitores volúveis e ficaram com Koff.
"É só ver meu histórico no
Clube dos 13. Tenho oito anos
aqui e sempre estive com Koff",
disse o presidente do clube carioca, Roberto Horcades, que
era amigo do comandante da
CBF, Ricardo Teixeira, cabo
eleitoral de Kléber Leite.
Ausente, o cartola da confederação teve grande influência
na eleição. Foi ele quem deu,
por exemplo, um empréstimo
de R$ 8 milhões ao Botafogo às
vésperas do pleito. O clube carioca votou em Leite.
"O poder do outro lado é
muito grande", constatou Koff.
Mas o próprio dirigente gaúcho usou de uma manobra para
antecipar a eleição para este
mês -seria em novembro- e
minimizar a pressão da CBF.
"Não houve tempo para se falar com todo mundo", lamentou-se Kléber Leite.
E pelo menos um de seus
apoiadores afirma ter ouvido
sobre antecipações de cotas de
TV do Brasileiro pelo C13 para
aliados na eleição, mas sem ter
certeza sobre a informação.
"Ouvi falar. Não acredito.
Mas, se foi feito, não tem nada
de mais porque é obrigação do
C13 nos antecipar receitas",
disse o presidente do Cruzeiro,
Zezé Perrella.
(EAR, EO E RM)
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