São Paulo, terça-feira, 13 de junho de 2006

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Holandês abre espaço para a ofensividade

DA REPORTAGEM LOCAL

Em seu terceiro Mundial seguido dirigindo seleções, o técnico holandês Guus Hiddink sempre torna seus times mais ofensivos, dá ênfase à qualidade de passes e aos desarmes.
Só que, para obter essas qualidades, o treinador se adapta às peculiaridades do time que comanda.
Foi assim com a Holanda, no Mundial de 1998, com a Coréia do Sul, em 2002, e é assim, agora, com Austrália, em 2006. Levou os dois primeiros países às semifinais.
Hiddink diz que gosta de trabalhar em times nacionais porque pode construí-los com sua cara.
As três seleções que dirigiu em Copas tiveram aproveitamento acima de 80% nos passes, melhor do que a média dos times participantes. A Austrália chegou a 85,7% de passes certos, percentual superior a Holanda e Coréia.
O time australiano já tinha bom desempenho no quesito mesmo antes da chegada de Hiddink, em 2005. Mas, nas finalizações, houve mudança.
Os australianos concluíram 21 vezes a gol contra o Japão. É mais do que o dobro da média da equipe na Copa das Confederações de 2005. Holanda e Coréia também tinham bom aproveitamento no item.
Ainda subiu o número de desarmes australianos, de 120 para 137, quase 15%. O mesmo aconteceu nas outras seleções.
Mas Hiddink adotou na Austrália o sistema tático 4-4-2, diferente do 3-5-2 coreano. E seu time atual é mais forte fisicamente do que os rápidos coreanos.
Ficou a rotatividade entre titulares, que o levou a escalar Wilkishire, deixando Cahill de fora. Os australianos reclamaram, mas o elogiaram pelas trocas após o intervalo.


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