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BASQUETE
A gente nunca esquece
MELCHIADES FILHO
EDITOR DE ESPORTE
"Estava andando à toa no
ginásio, vi algumas meninas jogando, me identifiquei e pedi à professora para treinar também. Tinha nove anos quando
peguei a bola pela primeira vez."
Adrianinha, 25, armadora.
"Aos 14 anos, eu era muito alta,
não sabia se ia dar certo ou não.
Foi até engraçado, meio desengonçado." Alessandra, 30, pivô.
"Minha irmã mais velha jogava, mas só fui tocar na bola aos 11
anos. Acompanhei ela uma vez
ao treino e me chamaram. Lembro da primeira bandeja, em câmera lenta, sem nenhuma coordenação." Cíntia Tuiú, 29, pivô.
"Iniciei com 14 anos, quando
começaram as aulas de basquete
na escola." Ega, 26, pivô.
"Foi meio complicado. Teve
muita insistência dos meus professores e dos meus pais. Eu tinha
14 anos e não agüentava o peso
da bola." Érika, 22, pivô.
"Meu pai era treinador. Desde
pequena eu brincava na quadra.
Eu também fazia natação, mas aí
ela passou a ser obrigação, enquanto o basquete sempre foi prazeroso." Helen, 31, armadora.
"O professor insistia, dizia que
eu tinha jeito. De tanto falar, aos
12 anos eu decidi tentar. Mas foi
terrível. Bola grande, não sabia
nem bater direito. Só fazia jogar
ela para cima." Iziane, 22, ala.
"Comecei mesmo na escola, aos
13 anos, que me incentivou a treinar sério." Janeth, 35, ala.
"Meus irmãos, tios e primas jogavam, e eu acabei seguindo o
mesmo caminho. Foi meio desproporcional, porque eu era baixinha." Karla, 25, armadora.
"Nunca nem tinha visto uma
bola de basquete. Aos 13 anos, eu
era gordinha e precisava fazer algum esporte. Foi uma indicação
de um médico que me deu um
tratamento." Kelly, 24, pivô.
"Minha primeira experiência
foi como brincadeira mesmo, aos
seis anos." Leila, 29, ala-pivô.
"Foi por acaso. Eu tinha nove
anos e, para acompanhar uma
amiga, entrei em uma escolinha.
Deu certo." Lilian, 25, ala.
"Foi brincando nas férias, aos
dez anos. Mas tenho uma tia [a
campeã mundial Roseli] que joga
e comecei a acompanhá-la nos
treinos." Sílvia Cristina, 22, ala.
"Não foi uma coisa que eu escolhi. Queria fazer vôlei, mas aos 12
anos fiz um teste com uma amiga
que queria jogar basquete e acabei entrando também para o basquete. Tentava bater a bola, mas
não conseguia. Ela saía correndo." Vivian, 28, armadora.
"Comecei aos 15 anos. Eu era alta, nunca tinha feito exercício físico e era descoordenada. Foi terrível." Zaine, 26, pivô.
"O centro comunitário do bairro juntou a garotada no fim de semana. Fomos apresentadas a vários esportes. Cada criança brincou com o que quis. Eu achei o
basquete mais divertido. Havia
uma bola pequena, proporcional
à minha mão. Não doeu nada.
Meus pais, embora praticassem
outras modalidades, me apoiaram. Naquele mesmo mês, a escola incluiu o basquete nos meus recreios e aulas de educação física.
Quando tudo começou? Eu tinha
seis anos." Yuliseny Soria, 24, ala
cubana, destaque dos jogos contra o Brasil na quinzena passada.
Ignição 1
Muita gente torceu o nariz para as atuações diante das cubanas. Tá
certo, não foram convincentes. Mas é preciso relevar um pouco. Os
amistosos foram agendados para embalar o público (e o patrocinador) e sacudir as brasileiras. Mas vieram em momento inapropriado
do ponto de vista técnico. Os treinos táticos nem começaram.
Ignição 2
Há no basquete poucos lances tão bonitos, graciosos quanto um contra-ataque de Iziane. A maranhense corre sem fazer barulho.
Ignição 3
A busca por visibilidade na mídia explica a política da CBB de alternar os treinos da seleção feminina entre São Paulo e Rio.
E-mail melk@uol.com.br
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