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Brasileiro perde a hora por sono e fila
DA REPORTAGEM LOCAL
Manuel Terra era o único
brasileiro entre mais de
4.000 que largaram na Paris-Brest-Paris de 2003. Era o
primeiro do país na prova. E
sofreu com a inexperiência.
O ciclista, que dividiu hotel
com canadenses, japoneses e
irlandeses, não conseguiu
conter a ansiedade no início.
Para "relaxar", pedalou as
primeiras 24 horas quase
sem parar e sem dormir.
No primeiro posto de controle, onde são registrados os
tempos dos ciclistas, viu algo
parecido com um campo de
refugiados. E, exausto após
perder duas horas em filas no
bandeijão, jogou-se embaixo
de uma mesa após o jantar,
dormiu e perdeu a hora.
"Hoje, mudaria minha estratégia. Levei muito peso,
como em comida, por exemplo. É melhor levar dinheiro
e comer em padarias. E descansaria mais. Você tem de
cair onde der e dormir", diz.
Nos quilômetros finais,
com os pés inchados de tanto
pedalar, ele quase parou. Via
ciclistas exaustos à beira da
estrada. Mas "pit-stops" em
postos da Cruz Vermelha para massagens o salvaram.
"O mais grave é o sono.
Terminei o percurso em 86
horas. O próximo, quero fazer em 80 horas."
(ML)
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