Eurocopa não é Copa sem Brasil e Argentina

SE VOCÊ ainda não ouviu o chavão de que a Eurocopa é a Copa sem Brasil e Argentina, aguarde. Não vai demorar para alguém buzinar isso na tentativa de vender melhor a competição, de torná-la mais importante, atrativa.
Nunca concordei com essa frase feita, mas o cenário agora ajuda a derrubar ainda mais a tese. Qual é a melhor seleção sul-americana no momento? O Uruguai.
Um time pronto, competitivo, campeão e ainda com história. A Celeste hoje faria falta para essa tal "Euro-Copa". Nem vou tratar aqui do avanço de México e EUA, da regularidade do Paraguai, dos talentos marfinenses e africanos como um todo nem da batida velocidade coreana e asiática em geral.
A questão passa também pela transformação da Euro. Em 2012, ainda teremos 16 países, competição justa, com jogos fortes desde o início, sem respiro, sem aqueles bobos do outro chavão.
Mas, na política de ajudar os fracos e oprimidos, Michel Platini abrirá as portas para 24 países, tal qual a épica Copa de 1982, aquela que mudou sensivelmente a cara do Mundial, deixando-o mais democrático.
Com base nos resultados das atuais eliminatórias da Euro e no ranking de seleções da Uefa, esbocei o que seria a fase final do torneio do ano que vem se esse já comportasse os 24 times.
A Europa é de fato tão rica na bola que a Inglaterra não seria cabeça de chave em nenhum dos seis grupos, mas porque Polônia e Ucrânia são anfitriãs do evento.
Noruega, Hungria, Armênia e Suíça pegariam vagas como os melhores terceiros.
Teria gente com tradição, como Bélgica, Escócia, Romênia e Sérvia, de fora mesmo com quase 50% de aprovação nessas eliminatórias (24 vagas para 53 países). Isso prova que a fase final ainda despertará grande interesse. Mas o "qualificatório" pouco representará para Alemanhas, Itálias, San Marinos e Liechtensteins.

COMO SERIA A EURO-2012 COM 24 PAÍSES

Grupo A
Polônia, Inglaterra,
Portugal e Montenegro

Grupo B
Espanha, Rússia,
França e Estônia

Grupo C
Holanda, Croácia,
Irlanda e Noruega

Grupo D
Ucrânia, Grécia,
Rep. Tcheca e Hungria

Grupo E
Alemanha, Suécia,
Turquia e Armênia

Grupo F
Itália, Dinamarca,
Bósnia e Suíça


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