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TOQUE FEMININO
Com duas agentes, país lidera na América
Mulher rompe tabu e sonha em ter CT
DA REPORTAGEM LOCAL
E COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Elas começaram no ramo por
acaso. E hoje Selenide da Silva e
Cátia Fabiane Coqui fazem o
país despontar no continente
americano quando se trata de
mulheres como agentes de atletas com certificado da Fifa.
O Brasil, ao lado do Paraguai,
é o único dos 16 países das
Américas que tem mais de uma
mulher nessa profissão.
Uma em Salvador (BA), outra em São Paulo (SP), Selenide
e Cátia abriram empresas, a
Megga Soccer Brasil e a Tot
Sport, respectivamente, e já
agenciam 20 e 30 jogadores.
"Fico feliz de ver outra mulher na área. Quando entrei,
pela cultura do Nordeste, sofri
por ser mulher num ambiente
masculino", diz Selenide, que
tinha uma microempresa antes
de se tornar a primeira agente
do país, em 2002.
Hoje ela tem um irmão e três
olheiros atrás de novos talentos
e, além de terminar o curso de
direito, quer criar um centro de
treinamento. "Sou peixe pequeno perto dos agentes do RJ
e SP, como o Leo Rabello e Juan
Figer, mas invisto. A idéia do
CT é suprir a carência de abrigo
e alimentação de talentos."
Segundo Selenide, 36, o preconceito hoje é outro. "Até
confiam mais em mim por ser
mulher. O problema é quebrar
o estigma de que tudo o que dá
errado ser culpa do agente."
A advogada criminalista Cátia, 29, que tem clientes conhecidos, concorda com a colega.
"Digo isso ao Kléber [Santos]."
Para o volante Zé Elias, do
Santos, que tem como seu
agente Marcelo Djian, a presença de mulheres no mercado
é positiva. "Se elas tiverem conhecimento podem trabalhar
com qualquer atleta que quiserem."
(CCP, KT E MVM)
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