São Paulo, domingo, 13 de novembro de 2005

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TOQUE FEMININO

Com duas agentes, país lidera na América

Mulher rompe tabu e sonha em ter CT

DA REPORTAGEM LOCAL
E COLABORAÇÃO PARA A FOLHA


Elas começaram no ramo por acaso. E hoje Selenide da Silva e Cátia Fabiane Coqui fazem o país despontar no continente americano quando se trata de mulheres como agentes de atletas com certificado da Fifa.
O Brasil, ao lado do Paraguai, é o único dos 16 países das Américas que tem mais de uma mulher nessa profissão.
Uma em Salvador (BA), outra em São Paulo (SP), Selenide e Cátia abriram empresas, a Megga Soccer Brasil e a Tot Sport, respectivamente, e já agenciam 20 e 30 jogadores.
"Fico feliz de ver outra mulher na área. Quando entrei, pela cultura do Nordeste, sofri por ser mulher num ambiente masculino", diz Selenide, que tinha uma microempresa antes de se tornar a primeira agente do país, em 2002.
Hoje ela tem um irmão e três olheiros atrás de novos talentos e, além de terminar o curso de direito, quer criar um centro de treinamento. "Sou peixe pequeno perto dos agentes do RJ e SP, como o Leo Rabello e Juan Figer, mas invisto. A idéia do CT é suprir a carência de abrigo e alimentação de talentos."
Segundo Selenide, 36, o preconceito hoje é outro. "Até confiam mais em mim por ser mulher. O problema é quebrar o estigma de que tudo o que dá errado ser culpa do agente."
A advogada criminalista Cátia, 29, que tem clientes conhecidos, concorda com a colega. "Digo isso ao Kléber [Santos]."
Para o volante Zé Elias, do Santos, que tem como seu agente Marcelo Djian, a presença de mulheres no mercado é positiva. "Se elas tiverem conhecimento podem trabalhar com qualquer atleta que quiserem." (CCP, KT E MVM)


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