DO PAINEL FC

"Analisamos o Santos alguns meses antes do Paulista. Vimos os craques que estavam para estourar, como o Robinho, o Diego, e decidimos patrocinar. A Bombril precisava se aliar a algo jovem, nossa marca estava relacionada a coisa antiga."
Assim o presidente da Bombril, Gianni Grisendi, justifica a escolha pela equipe do litoral paulista, que está na fila desde 1984.
Na Vila, o executivo italiano diz ter encontrado o que não pôde realizar no Palmeiras. "O futebol mudou. Em 93, dava para comprar um Roberto Carlos por R$ 500 mil. Hoje, não. É preciso investir na base. Foi isso o que tentamos implantar no Palmeiras e não conseguimos. Se lá eles tivessem cuidado dos garotos, talvez não estariam na situação que estão agora", disse Grisendi.
Mesmo longe do time alviverde há dois anos, Grisendi não esconde o carinho pelo Palmeiras. Mas diz que não é fanático. "Em um Santos x Palmeiras, sou Santos. Quando estou envolvido no projeto como patrocinador, é impossível torcer contra. Costumo ir aos jogos, mesmo porque adoro futebol."
Na entrevista que concedeu à Folha, o executivo italiano, que chegou ao Brasil há 26 anos, disse que não quer se meter na disputa política entre Mustafá Contursi e Luiz Gonzaga Belluzzo, apesar de não esconder que prefere o economista, de quem é amigo. "Tenho respeito enorme pelos dois. Os conselheiros saberão escolher quem é o melhor para tirar o Palmeiras da segunda divisão." (FM)


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