São Paulo, domingo, 14 de março de 2010

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YouTube e "parceiros" são chamariz

DO ENVIADO A PORTO VELHO

No mundo dos times pequenos do Brasil, onde estão mais de 90% dos empregos no futebol do país, a forma de recrutamento dos jogadores nada tem a ver com a farra dos empresários dos grandes.
O que vale para arrumar uma colocação nas equipes modestas é ter bons amigos. "Quem nos emprega hoje são os parceiros", diz o lateral-direito Fábio, 22, do Genus, para onde foi indicado por outro atleta, a exemplo do goleiro Karlos Eduardo, que foi para Rondônia por recomendação de um colega de profissão e agora vai fazer o mesmo com oito jogadores de São Paulo.
"Vou indicá-los para um clube daqui que vai disputar a segunda divisão."
Mais importante ainda é ter bom relacionamento com treinadores.
O time do Shallon, por exemplo, foi quase todo montado por indicações do técnico Da Costa, que mora em Londrina, no Paraná, mas quase todo ano trabalha por três meses em Rondônia -já ganhou o Estadual sete vezes.
No raciocínio dos jogadores que deixam a família por salários nada animadores, o importante é estar empregado. Segundo eles, é muito mais fácil arrumar um novo clube, mesmo que para um período curto e pouco rentável, para quem conta com um contrato em vigor.
Mas a tecnologia também tem seu papel na busca por um emprego nos clubes pequenos.
Só que, nesse caso, os bem editados DVDs usados por clubes grandes para contratar jogadores dão lugar a uma solução mais barata e prática.
Muitos dos jogadores que estão em Rondônia, têm vídeos no YouTube de seus melhores momentos. "Tenho um vídeo de quatro minutos, mas, para um goleiro, isso é muito", diz Karlos Eduardo, do Genus. "Com o YouTube, fica muito mais fácil mostrar seu trabalho. Qualquer dirigente ou técnico pode entrar na internet e assistir [às jogadas]", declara Denis, do Shallon.
(PC)


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