|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
YouTube e "parceiros" são chamariz
DO ENVIADO A PORTO VELHO
No mundo dos times pequenos do Brasil, onde estão mais de 90% dos empregos no futebol do país,
a forma de recrutamento
dos jogadores nada tem a
ver com a farra dos empresários dos grandes.
O que vale para arrumar
uma colocação nas equipes modestas é ter bons
amigos. "Quem nos emprega hoje são os parceiros", diz o lateral-direito
Fábio, 22, do Genus, para
onde foi indicado por outro atleta, a exemplo do
goleiro Karlos Eduardo,
que foi para Rondônia por
recomendação de um colega de profissão e agora
vai fazer o mesmo com oito jogadores de São Paulo.
"Vou indicá-los para um
clube daqui que vai disputar a segunda divisão."
Mais importante ainda é
ter bom relacionamento
com treinadores.
O time do Shallon, por
exemplo, foi quase todo
montado por indicações
do técnico Da Costa, que
mora em Londrina, no Paraná, mas quase todo ano
trabalha por três meses
em Rondônia -já ganhou
o Estadual sete vezes.
No raciocínio dos jogadores que deixam a família
por salários nada animadores, o importante é estar
empregado. Segundo eles,
é muito mais fácil arrumar
um novo clube, mesmo
que para um período curto
e pouco rentável, para
quem conta com um contrato em vigor.
Mas a tecnologia também tem seu papel na busca por um emprego nos
clubes pequenos.
Só que, nesse caso, os
bem editados DVDs usados por clubes grandes para contratar jogadores dão
lugar a uma solução mais
barata e prática.
Muitos dos jogadores
que estão em Rondônia,
têm vídeos no YouTube de
seus melhores momentos.
"Tenho um vídeo de quatro minutos, mas, para um
goleiro, isso é muito", diz
Karlos Eduardo, do Genus. "Com o YouTube, fica
muito mais fácil mostrar
seu trabalho. Qualquer dirigente ou técnico pode
entrar na internet e assistir [às jogadas]", declara
Denis, do Shallon.
(PC)
Texto Anterior: Ex-corintiano e colombianos tentam a sorte no Norte Próximo Texto: "Se perdermos, que seja atacando", diz Dorival Jr. Índice
|