DA REPORTAGEM LOCAL

Os gastos da Prefeitura de São Paulo com a Indy e a F-1 são quase os mesmos.
Para abrigar a Indy, a cidade investiu R$ 20 milhões, sendo que R$ 12 milhões em cotas de publicidade compradas da Bandeirantes e os restantes R$ 8 milhões em obras de adaptação.
No ano passado, São Paulo investiu apenas R$ 6 milhões a mais para sediar a F-1. Para 2010, o investimento na principal categoria do automobilismo será de R$ 27,5 milhões, segundo o "Diário Oficial do Município".
Apesar de os gastos serem similares, a F-1 mostra sua força quando são comparadas as receitas que a cidade tem ao sediar cada um dos eventos automobilísticos.
A expectativa da SPTuris é de que a Indy traga um retorno para a cidade de R$ 118,2 milhões. Essa cifra corresponde a pouco menos que a metade do que a F-1 gera em benefícios: R$ 230 milhões.
A razão para a disparidade se deve ao número de pessoas que cada uma das categorias concentra na cidade. Enquanto a F-1 trouxe para São Paulo no ano passado cerca de 85 mil turistas, sendo 16 mil estrangeiros, a Indy deve atrair 31 mil turistas, sendo 6.000 de fora do país.
Em retorno, a Indy e a F-1 só se equivalem em exposição internacional. Cada uma das corridas realizadas em São Paulo tem transmissão para cerca de 200 países.
"A cidade não perde com os eventos, só ganha, em geração de emprego, em receitas e em projeção. Qualquer conta que se faça sobre a promoção de eventos em São Paulo é sempre favorável", defende Caio de Carvalho, presidente da SPTuris, empresa municipal de turismo.
"A Indy é um bom negócio para a cidade. Vale a pena receber os dois eventos. A conta que se faz é a seguinte: para cada dólar investido nesses eventos, a cidade recebe cinco ou seis vezes mais."
A expectativa da prefeitura é de que, no ano que vem, a Indy passe a ser mais rentável, uma vez que os gastos com obras de adaptação serão quase nulos, restando somente o investimento nas cotas de publicidade. (MB)


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