São Paulo, quarta-feira, 14 de junho de 2006

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Kaká salva Brasil, é eleito o melhor e ganha caneca

Fifa elege meia, que usará o prêmio para "tomar guaraná, água e vinho italiano", como destaque do jogo com a Croácia

Nos dois amistosos preparatórios da seleção atleta já havia brilhado, mas perdido a eleição para Ronaldinho e Cafu


DOS ENVIADOS A BERLIM

Para quem é o caçula em um time de novatos, a estréia como titular numa Copa do Mundo não foi nada mal. Tanto que desta vez até quem elege o melhor da partida se rendeu a ele.
Kaká, 24, salvou o Brasil de um empate constrangedor contra a Croácia com seu chute de fora da área, jogada que virou moda na Alemanha. Ganhou o abraço dos companheiros e uma caneca oferecida pela Fifa aos melhores de cada partida.
Na Copa das Confederações do ano passado, Kaká brilhou, mas nunca foi escolhido o destaque da partida, assim como nos amistosos contra o Lucerna e a Nova Zelândia, quando claramente foi o melhor em campo mas viu o simbólico prêmio ser oferecido a, respectivamente, Ronaldinho (em pobre atuação) e Cafu (voluntarioso, mas não tão eficiente).
"Vou tomar água, guaraná e um pouco de vinho italiano", disse o ex-são-paulino sobre o que vai fazer com a caneca.
Se for escolhido o melhor do Mundial, Kaká terá de participar de evento da Budweiser, cerveja que patrocina a competição. Será uma saia-justa, pois o meia se recusa a fazer propaganda de bebidas alcóolicas.
Ontem, ele, por exemplo, o brasileiro que mais apanhou (foram cinco faltas sofridas). Em uma delas, cavou falta na entrada da área ainda no primeiro tempo.
Kaká e Roberto Carlos dividiram a liderança nas finalizações -cada um arrematou quatro vezes. Ele foi ainda o segundo jogador mais acionado da equipe, com 58 bolas recebidas.
Kaká também foi enfático ao repelir a idéia que o famoso quadrado mágico é o salvador da seleção "Vamos falar em seleção, porque não é só o quadrado que tem responsabilidade", afirmou o meia.
O jogador do Milan, que está nos planos de um dos candidatos à presidência do Real Madrid, também falou sobre a famosa dificuldade brasileira em estréias nas Copas -na verdade, o time tem ótimo retrospecto nesse tipo de jogo (são agora 14 vitórias em 18 partidas).
"Estréia pesa um pouco. Também por ser o adversário mais forte do grupo. Também tem a pressão, toda a cobrança de ter de ganhar, ter de vencer, dar espetáculo", completou.
Kaká diz que a seleção está com 75% da sua forma. (EDUARDO ARRUDA, FÁBIO VICTOR, PAULO COBOS, RICARDO PERRONE E SÉRGIO RANGEL)


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