|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Kaká salva Brasil, é eleito o melhor e ganha caneca
Fifa elege meia, que usará o prêmio para "tomar guaraná,
água e vinho italiano", como destaque do jogo com a Croácia
Nos dois amistosos
preparatórios da seleção
atleta já havia brilhado,
mas perdido a eleição
para Ronaldinho e Cafu
DOS ENVIADOS A BERLIM
Para quem é o caçula em um
time de novatos, a estréia como
titular numa Copa do Mundo
não foi nada mal. Tanto que
desta vez até quem elege o melhor da partida se rendeu a ele.
Kaká, 24, salvou o Brasil de
um empate constrangedor contra a Croácia com seu chute de
fora da área, jogada que virou
moda na Alemanha. Ganhou o
abraço dos companheiros e
uma caneca oferecida pela Fifa
aos melhores de cada partida.
Na Copa das Confederações
do ano passado, Kaká brilhou,
mas nunca foi escolhido o destaque da partida, assim como
nos amistosos contra o Lucerna e a Nova Zelândia, quando
claramente foi o melhor em
campo mas viu o simbólico prêmio ser oferecido a, respectivamente, Ronaldinho (em pobre
atuação) e Cafu (voluntarioso,
mas não tão eficiente).
"Vou tomar água, guaraná e
um pouco de vinho italiano",
disse o ex-são-paulino sobre o
que vai fazer com a caneca.
Se for escolhido o melhor do
Mundial, Kaká terá de participar de evento da Budweiser,
cerveja que patrocina a competição. Será uma saia-justa, pois
o meia se recusa a fazer propaganda de bebidas alcóolicas.
Ontem, ele, por exemplo, o
brasileiro que mais apanhou
(foram cinco faltas sofridas).
Em uma delas, cavou falta na
entrada da área ainda no primeiro tempo.
Kaká e Roberto Carlos dividiram a liderança nas finalizações -cada um arrematou quatro vezes. Ele foi ainda o segundo jogador mais acionado da
equipe, com 58 bolas recebidas.
Kaká também foi enfático ao
repelir a idéia que o famoso
quadrado mágico é o salvador
da seleção "Vamos falar em seleção, porque não é só o quadrado que tem responsabilidade", afirmou o meia.
O jogador do Milan, que está
nos planos de um dos candidatos à presidência do Real Madrid, também falou sobre a famosa dificuldade brasileira em
estréias nas Copas -na verdade, o time tem ótimo retrospecto nesse tipo de jogo (são agora
14 vitórias em 18 partidas).
"Estréia pesa um pouco.
Também por ser o adversário
mais forte do grupo. Também
tem a pressão, toda a cobrança
de ter de ganhar, ter de vencer,
dar espetáculo", completou.
Kaká diz que a seleção está
com 75% da sua forma.
(EDUARDO ARRUDA, FÁBIO VICTOR, PAULO COBOS,
RICARDO PERRONE E SÉRGIO RANGEL)
Texto Anterior: COPA 2006 Um a menos Próximo Texto: "Ronaldo não está 100%", afirma meia Índice
|