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Antes do jogo, famosos badalam em castelo
Almoço "de verdade" e "de mentira" reúne Taís Araújo, Nicete Bruno, João Armentano, Cristiane Torloni e outros VIPs na Alemanha
PAULO SAMPAIO
ENVIADO ESPECIAL A ATTENDORN
Está tudo pronto para o almoço no "castelo de Caras". O
almoço "de verdade" é self-service e acontece em uma sala
dentro do castelo; o "para a foto" é montado em outro ambiente, externo, em que as mesas forradas com toalhas amarelas e flores estão embaixo de
muitas árvores: as fotos que
saem na revista são feitas ali.
"Estou ansiosíssima, me sinto como em dia de estréia", diz
Nicete Bruno, referindo-se ao
primeiro jogo do Brasil na Copa, para o qual todos foram
convidados a ver em Berlim.
O cardápio do almoço de verdade vem em português e alemão: oferece duas opções de
entrada, quatro de pratos
quentes e duas sobremesas.
"Quero", diz Nívea Stelmann,
32, aceitando o strudle de maçã. "Faço musculação três vezes por semana, capoeira, então
é para poder comer mesmo."
O castelo fica em Attendorn,
vilarejo a 90km de Colônia, e
estão nele Stelmann e Marcos
Paulo; Cristiane Torloni com o
marido, Ignacio Coqueiro; Nicete Bruno e Paulo Goulart;
Taís Araújo com uma prima; o
arquiteto João Armentano e a
mulher, Cristina, entre outros.
Depois "dos almoços", todos
embarcarão em um jato de 20
lugares, alugado, para ir ao jogo.
Corta.
Do lado de fora do estádio,
mas nem por isso se sentindo a
gata borralheira, a mestranda
em performance artística Valéria Carneiro, 39, está com uma
turma de brasileiros e croatas
que assistem ao jogo de carona
em um monitor dentro do caminhão da Televisa mexicana.
Nascida em Ubá, ela alugou
um trailer em Portugal e vem
desde lá com a família, acampando. "A gente veio pela Espanha, Bélgica, e entramos na
Alemanha por Achen", diz ela,
sentada em uma cadeira de
praia na calçada, com os três filhos e o marido, João.
"Não agüento mais comer
lingüiça", diz outro brasileiro
que ficou de fora, o documentarista goiano Floriano Melo, 34,
que está acompanhando um
grupo de amigos que alugou um
motorhome. Ele chama o próprio orçamento de "low cost, no
cost" (preço baixo, custo zero).
Entre o grupo do castelo e os
da calçada está o estudante Cesar Lacerda, 21, que se sente
privilegiado porque conseguiu
seu ingresso a 38 graças "a
um esquema aí". Que esquema? "Ele é sobrinho do Ricardo
Teixeira", diz o amigo Filipe Lima, 22. Lacerda ri e assente
com a cabeça, cheio de orgulho.
Corta.
Cristiane Torloni foi a última
a acordar no castelo. Em pouco
tempo ela aparece de chapéu,
óculos escuros, colant bandeira
do Brasil e jeans muito justo.
Todos se ajeitam na mesa e
tome clic. Entrevista rapidinho. Almoço de verdade.
Informados de que terão de
estar prontos em cinco minutos, Torloni pergunta: "Gente,
que produção é essa que não
me avisou nada? Dá tempo de
escovar os dentes?"
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