São Paulo, quinta-feira, 14 de setembro de 2006

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Aposentad os franceses se misturam a torcida teen e conhecem Brasil irreal

DA REPORTAGEM LOCAL

Em meio aos adolescentes histéricos que enchem as arquibancadas do ginásio em Barueri, um pequeno grupo chama a atenção. Não só pela camiseta cinza, obrigatória, mas principalmente pelos cabelos brancos.
Incentivados pela federação francesa de basquete, cerca de 30 aposentados assistem ao Mundial. "Estamos aqui porque amamos este esporte", diz a árbitra Pierrete Lalanne. "E, claro, resolvemos aproveitar e conhecer o Brasil", afirma ela, que, por viver numa cidadezinha de "no máximo 300 habitantes", diz morar na vizinha Mont de Marsan.
"É a primeira vez que vejo um torneio no Brasil, mas já fui ao Mundial da China, em 2002, e ao Europeu, na Turquia, em 2003", fala Jean Claude Thomas, entre um biscoito e outro. "São típicos de Bourges, minha cidade."
O grupo está hospedado em Barueri desde segunda. Ainda não conhece São Paulo. "Na sexta [amanhã], vamos à praia, não sei o nome, mas espero que esteja quente como aqui", diz Pierrette.
Também devem visitar o Rio. "Estou impressionado como o Brasil é um país jovem", fala Bernard Leanndri, sem tirar os olhos do jogo entre russas e chinesas.
"Da janela do hotel posso ver Alphaville. Achei interessante os condomínios fechados, cheio de gente fazendo esporte pela rua... Isso é comum no Brasil?", indaga o rechonchudo de Toulousse.
Mas e o basquete? O que esperam da França? "Por enquanto, a equipe me surpreendeu", responde Thomas, que emenda: "E a seleção de futebol de vocês, hein? Que decepção...".0 (TC)


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