JOÃO PEQUENO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DO RIO

O São Paulo não quis comemorar o primeiro ponto conquistado nas últimas quatro partidas -incluindo a da Copa Sul-Americana.
Preferiu fazer coro contra o árbitro mineiro Ricardo Ribeiro, acusado pelo técnico Muricy Ramalho e pelo vice-presidente de futebol, Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, de ter cometido erros na expulsão de Aloísio e pela marcação do segundo pênalti para o Fluminense, defendido por Fabiano.
Muricy, que normalmente prefere não tecer comentários sobre as arbitragens do Brasileiro, chamou Ribeiro de "muito inexperiente para um jogo desse porte" e disse que, no futebol, "se ficar quietinho, você dança".
O treinador disse ainda que "a briga [no Brasileiro] é de cachorro grande e há muitos interesses financeiros".
Questionado pela Folha sobre quais seriam esses interesses, ele não foi adiante. Afirmou, apenas, que são "interesses globais no futebol", mas que não estava acusando ninguém.
Para Leco, o primeiro amarelo de Aloísio na partida foi injusto, pois o pênalti que, segundo o juiz, teria simulado realmente aconteceu. "Eu vi o lance e pessoas que assistiram pela TV tiveram a mesma impressão de que foi pênalti. O árbitro não marcou e ainda deu amarelo que acabou virando vermelho depois, com a falta", afirmou o vice.
O dirigente tachou de suspeito até o fato de o árbitro ser de Minas Gerais, pois o Cruzeiro ainda tem chances matemáticas de brigar pelo título. "Para não haver suspeita, ele não deveria ser nem escalado", disse.
Mesmo assim, o vice de futebol disse que não vai manifestar nenhum veto ao nome de Ricardo Ribeiro à Comissão de Arbitragem, mas uma reclamação não está completamente descartada.
"Não vamos entrar com representação junto à CBF. No máximo, encaminharemos um ofício de protesto pela atuação do árbitro."


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