São Paulo, domingo, 14 de outubro de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Empate atrapalha Santos e Palmeiras na tabela

Com o 1 a 1, Santos deixa escapar a vice-liderança e Palmeiras sai do G-4

Santos 1
Palmeiras 1

JULYANA TRAVAGLIA
RENAN CACIOLI
ENVIADOS ESPECIAIS A SANTOS

Luxemburgo começou errado e consertou. Caio Jr. escalou certo mas mexeu mal. E na rodada onde os quatro primeiros colocados empataram, o clássico da Vila Belmiro não poderia ter outro resultado.
Para o Santos o prejuízo foi menor. Perdeu a chance de tornar-se vice-líder do Nacional, mas manteve a terceira colocação. Já o Palmeiras deixou o grupo classificatório à Libertadores de 2008 graças à vitória do Grêmio sobre o Goiás.
Se cada tempo da partida valesse uma vitória, se poderia dizer que Caio Jr. levou vantagem na etapa inicial ao manter a equipe anunciada durante a semana, com o quadrado formado por Caio, Valdivia, Luiz Henrique e Rodrigão na frente.
Para segurá-los, Luxemburgo montou um trio caseiro. Marcelo, Domingos e a surpresa Thiago Carleto, todos oriundos das categorias de base do clube. Apenas Alessandro era o "forasteiro" na equipe.
E foi a juventude cheia de gás de Carleto, 18, que primeiro acendeu a torcida santista na Vila. Uma falta aos 18min. Uma bomba rasteira que Diego Cavalieri foi buscar em seu canto baixo esquerdo. Um suspiro de que a noite reservaria boas surpresas aos anfitriões.
Pena que o trabalho de Luxemburgo, no primeiro tempo, tenha se resumido mais às reclamações.
Visivelmente incomodado com a pressão indireta feita pelos palmeirenses contra a arbitragem, temendo que Valdivia fosse vítima de outra "caçada" como a que o Grêmio fez na rodada anterior, o técnico Vanderlei Luxemburgo mandou seu recado antes da partida.
"Jogar duro, na bola, pode. Pode fazer [faltas no Valdivia], desde que não sejam faltas violentas como a do jogador do Grêmio. Vamos ver como o árbitro se comporta, para ver se isso influencia o comportamento dele", falou ele.
Para azar do Santos, o pique do outro lado foi bem maior. E turbinado com a bela atuação de Valmir, 21 recém-completados, pelo lado esquerdo, o time visitante soube ser mortal naquilo que treina com tanto afinco: a bola parada.
Primeiro ato. Caio ergue na área adversária, Valdivia desvia a bola aos 21min e obriga Fábio Costa a fazer sua primeira grande intervenção da noite.
Segunda tentativa. Caio bate falta no canto esquerdo do arqueiro alvinegro, aos 30min. Esperto, Costa espalma.
O duelo estava combinado. A inteligência do meia-atacante, porém, surpreendeu o experiente goleiro. De forma cirúrgica, ele bateu o escanteio aos 35min direto para a meta rival e fez história. Seu primeiro gol olímpico da carreira. O oitavo tento no Nacional. "Dedico ao meu pai. É aniversário dele hoje", disse Caio no intervalo.
O pai do jogador provavelmente não notou, assistindo ao filho de sua casa, que Luxemburgo voltou para o segundo tempo com Renatinho na vaga do apagado Moraes. Isso até os 14min, quando o atacante pegou rebote de uma defesa de Cavalieri e bateu rasteiro para empatar o clássico.
O técnico santista então partiu para tentar a vitória ao trocar seus armadores. Saíram Petkovic e Vitor Júnior. Entraram Pedrinho e Tabata.
O poder de criação da equipe foi outro. O Palmeiras se perdeu, principalmente após a substituição feita por Caio Jr., que sacou Caio, e deixou um inexpressivo Luiz Henrique.
Mas nem a vitória de Luxemburgo na etapa final surtiu efeito para quebrar a escrita entre os rivais este ano. Foi o terceiro empate de 2007 -3 a 3, no Paulista, e 2 a 2, pelo primeiro turno do Brasileiro.
Na próxima rodada, o Palmeiras recebe o Paraná no Parque Antarctica. Já o Santos pega o Figueirense no Sul.


Texto Anterior: Tostão: Os craques trocaram de lugar
Próximo Texto: Alvinegros lamentam "vice" perdido
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.