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Empate atrapalha Santos e Palmeiras na tabela
Com o 1 a 1, Santos deixa escapar a vice-liderança e Palmeiras sai do G-4
Santos 1
Palmeiras 1
JULYANA TRAVAGLIA
RENAN CACIOLI
ENVIADOS ESPECIAIS A SANTOS
Luxemburgo começou errado e consertou. Caio Jr. escalou
certo mas mexeu mal. E na rodada onde os quatro primeiros
colocados empataram, o clássico da Vila Belmiro não poderia
ter outro resultado.
Para o Santos o prejuízo foi
menor. Perdeu a chance de tornar-se vice-líder do Nacional,
mas manteve a terceira colocação. Já o Palmeiras deixou o
grupo classificatório à Libertadores de 2008 graças à vitória
do Grêmio sobre o Goiás.
Se cada tempo da partida valesse uma vitória, se poderia dizer que Caio Jr. levou vantagem na etapa inicial ao manter
a equipe anunciada durante a
semana, com o quadrado formado por Caio, Valdivia, Luiz
Henrique e Rodrigão na frente.
Para segurá-los, Luxemburgo montou um trio caseiro.
Marcelo, Domingos e a surpresa Thiago Carleto, todos oriundos das categorias de base do
clube. Apenas Alessandro era o
"forasteiro" na equipe.
E foi a juventude cheia de gás
de Carleto, 18, que primeiro
acendeu a torcida santista na
Vila. Uma falta aos 18min. Uma
bomba rasteira que Diego Cavalieri foi buscar em seu canto
baixo esquerdo. Um suspiro de
que a noite reservaria boas surpresas aos anfitriões.
Pena que o trabalho de Luxemburgo, no primeiro tempo,
tenha se resumido mais às reclamações.
Visivelmente incomodado
com a pressão indireta feita pelos palmeirenses contra a arbitragem, temendo que Valdivia
fosse vítima de outra "caçada"
como a que o Grêmio fez na rodada anterior, o técnico Vanderlei Luxemburgo mandou
seu recado antes da partida.
"Jogar duro, na bola, pode.
Pode fazer [faltas no Valdivia],
desde que não sejam faltas violentas como a do jogador do
Grêmio. Vamos ver como o árbitro se comporta, para ver se
isso influencia o comportamento dele", falou ele.
Para azar do Santos, o pique
do outro lado foi bem maior. E
turbinado com a bela atuação
de Valmir, 21 recém-completados, pelo lado esquerdo, o time
visitante soube ser mortal naquilo que treina com tanto afinco: a bola parada.
Primeiro ato. Caio ergue na
área adversária, Valdivia desvia
a bola aos 21min e obriga Fábio
Costa a fazer sua primeira
grande intervenção da noite.
Segunda tentativa. Caio bate
falta no canto esquerdo do arqueiro alvinegro, aos 30min.
Esperto, Costa espalma.
O duelo estava combinado. A
inteligência do meia-atacante,
porém, surpreendeu o experiente goleiro. De forma cirúrgica, ele bateu o escanteio aos
35min direto para a meta rival e
fez história. Seu primeiro gol
olímpico da carreira. O oitavo
tento no Nacional. "Dedico ao
meu pai. É aniversário dele hoje", disse Caio no intervalo.
O pai do jogador provavelmente não notou, assistindo ao
filho de sua casa, que Luxemburgo voltou para o segundo
tempo com Renatinho na vaga
do apagado Moraes. Isso até os
14min, quando o atacante pegou rebote de uma defesa de
Cavalieri e bateu rasteiro para
empatar o clássico.
O técnico santista então partiu para tentar a vitória ao trocar seus armadores. Saíram
Petkovic e Vitor Júnior. Entraram Pedrinho e Tabata.
O poder de criação da equipe
foi outro. O Palmeiras se perdeu, principalmente após a
substituição feita por Caio Jr.,
que sacou Caio, e deixou um
inexpressivo Luiz Henrique.
Mas nem a vitória de Luxemburgo na etapa final surtiu efeito para quebrar a escrita entre
os rivais este ano. Foi o terceiro
empate de 2007 -3 a 3, no Paulista, e 2 a 2, pelo primeiro turno do Brasileiro.
Na próxima rodada, o Palmeiras recebe o Paraná no Parque Antarctica. Já o Santos pega o Figueirense no Sul.
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