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GP Brasil já prevê pane com bilhetes numerados
Organização orienta fãs a usarem bom senso para se acomodarem no circuito
Medida não ajuda torcedor a se fixar na arquibancada, mas é louvada pelo Procon, que promete fiscalização no autódromo de Interlagos
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
A inédita numeração de ingressos do GP Brasil de F-1 deste ano deve acarretar confusões
nas arquibancadas. O motivo é
a forma como a numeração,
uma das exigências do Estatuto
do Torcedor, foi pensada.
Diferentemente do que
acontece em teatros, shows e
cinemas, o consumidor do espetáculo da F-1 na capital paulista não tem como saber exatamente em que lance da arquibancada ficará. Sabe o setor da
pista que ocupará (informação
que já recebia antes, com ingressos sem número). Em qual
ponto dele se sentará, entretanto, é uma incógnita.
"Já houve um avanço. Um
dos efeitos da exigência de numerar ingressos e assentos é o
torcedor ter garantia de que
não serão vendidas mais entradas que a capacidade de cada
setor", diz Paulo Góes, diretor
de fiscalização do Procon.
O órgão que verifica o cumprimento das leis de proteção
ao consumidor não recebeu reclamações acerca da forma como acontece a numeração -a
prefeitura promete concluir os
trabalhos na terça-feira.
Mas irá fiscalizar o GP Brasil.
Góes alerta que o torcedor
que chegar em cima da hora
tem o direito de desalojar quem
esteja no lugar correspondente
ao número de seu ingresso.
Com entrada para o Setor G
comprada desde junho, o administrador Daniel Antunes receia que isso gere confusão.
"Existe a tradição de pessoas
dormirem na fila na véspera da
abertura dos portões. Vai ser
complicado convencer um desses torcedores a abandonar o
lugar, tão antecipadamente
guardado", diz ele, que irá ao
seu segundo GP Brasil.
Preocupado com isso, em julho, Antunes enviou mensagem
aos organizadores. Recebeu como resposta: "Embora este seja
o primeiro ano de ingressos numerados, a experiência em outras praças esportivas segue
que o público se acomodará
sempre seguindo o bom senso".
"Duvido que eu consiga ocupar o lugar determinado pelo
número do meu ingresso", resume, realista, o torcedor.
À Folha, a organização também disse crer em uma acomodação entre os torcedores na
hora. Para respaldar a aposta,
cita o fato de a grande maioria
do público ir em grupo ao GP
-com ingressos comprados
em momentos distintos, portanto, com donos, em tese, sentados separadamente.
Para mitigar o problema, outra novidade: pela primeira vez
na história, o GP Brasil terá
orientadores de público.
São profissionais posicionados em cada um dos setores de
arquibancadas de Interlagos e
que dirão aos espectadores onde eles devem se acomodar.
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