São Paulo, domingo, 14 de novembro de 2010

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Filho de Cícero "resiste" no São Paulo e quer Morumbi na Copa

DE SÃO PAULO

Difícil imaginar alguém mais apaixonado pelo São Paulo do que o advogado Gilberto Pompeu de Toledo.
Filho de Cícero Pompeu de Toledo, o senhor de 80 anos participou da construção do estádio que leva o nome do pai, é conselheiro vitalício do clube e ainda frequenta reuniões de sua chapa -atual oposição a Juvenal Juvêncio.
Gilberto é, além disso tudo, o último Pompeu de Toledo a fazer parte do universo do São Paulo Futebol Clube.
"Comecei a gostar do São Paulo com o meu pai. Nasci em 1930, e meu pai já frequentava o Paulistano [um dos clubes que deram origem ao atual São Paulo]", disse.
O filho de Cícero não assiste a um jogo no estádio do pai desde 2002. "O último jogo que vi no Morumbi foi aquele em que o Alex, do Palmeiras, acabou com a gente [4 a 2, pelo Rio-São Paulo]", brinca.
"Não tenho mais paciência de ir ao campo. Eles chutam seu carro, usam sua cadeira e ainda querem te bater. Prefiro ver pela TV. Tenho até "pay-per-view'", conta. Mas ainda visita a arena em reuniões e homenagens.
E defende o Morumbi na Copa-14. "Ainda acho que pode ser. O São Paulo agiu muito mal politicamente."
E afirmou que gostaria de ver o estádio que seu pai idealizou ser reformado e modernizado. "É uma evolução normal. Não foi o Morumbi que ficou antigo. Todos os estádios daquela época foram superados", disse.
Apesar do sobrenome, Gilberto afirma que não tem força política no clube. "Já tive, por ser um Pompeu de Toledo e filho do Cícero. Mas, se você perguntar, metade do conselho do São Paulo não sabe quem é Cícero Pompeu de Toledo", declarou.
Um título inesquecível? "Todos os que ganhamos do Corinthians. Mas hoje em dia, perder do Corinthians é religião. E vai levar mais alguns anos apanhando."0 (LR)


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