|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Duas normas da Fifa são desrespeitadas
DA REPORTAGEM LOCAL
O patrocínio para a arbitragem no futebol brasileiro
joga no lixo as regras da Fifa
sobre o assunto.
Duas das normas da entidade que controla o futebol
mundial são ignoradas por
sindicatos e federações que
vendem anúncios no uniforme da arbitragem.
A primeira salta aos olhos.
De acordo com a Fifa, só é
permitida a exibição de patrocínios nas mangas das camisas do trio e, ainda assim,
com um limite de espaço. No
Brasil, o espaço preferido dos
anunciantes fica na frente da
camisa ou nos calções.
Para justificar o desrespeito às regras da Fifa, os representantes dos árbitros declaram que as regras da federação internacional servem
apenas para as competições
organizadas pela Confederação Brasileira de Futebol.
Pela ótica deles, os Estaduais, por serem competições sob o comando das federações, não precisam respeitar o que a entidade mundial
prega, apesar de as federações de cada Estado serem
subordinadas à CBF.
Outro item do regulamento da Fifa que é ignorado no
patrocínio dos árbitros brasileiros pode resultar em
mais polêmica ainda.
Diz um artigo que a "publicidade nas camisas dos árbitros será permitida apenas se
ela não criar conflito de interesses com a publicidade
vestida pelos dois times".
Se isso acontecer, estabelece a Fifa, o trio não pode ostentar essa marca. Assim, os
juízes e auxiliares mineiros
não poderiam usar em seus
uniformes o logo do BMG, já
que o banco patrocina vários
clubes do Estado, incluindo
os três grandes -América,
Atlético-MG e Cruzeiro.
O regulamento da Fifa que
dita as regras do patrocínio
dos árbitros indica que sua
violação será punida de acordo com o regulamento disciplinar da entidade, que pode
variar de multa a suspensão.
O regulamento disciplinar
afirma que ele deve ser aplicado a todas associações (no
caso do Brasil, a CBF) e seus
respectivos filiados.
(PC)
Texto Anterior: "Árbitro outdoor" vira lugar-comum em 2010 Próximo Texto: Timidez: Em São Paulo, juízes têm uniforme limpo e campanha da ONU Índice
|