São Paulo, terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

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Hipotireoidismo fecha prontuário médico recheado de polêmicas e sofrimento de Ronaldo em 18 anos de futebol

DE SÃO PAULO

A entrevista em que Ronaldo anunciou ontem, em São Paulo, sua despedida teve a medicina como assunto inicial. Nenhuma novidade.
Ao apontar o hipotireoidismo como motivo para seu excesso de peso, Ronaldo aumentou o tamanho de seu prontuário médico, que além de cenas dramáticas é recheado de polêmica.
Quase tanto quanto os gols na final da Copa ficarão marcadas as imagens de contusões do atacante, especialmente a sofrida no joelho no estádio Olímpico de Roma, em jogo da Inter de Milão.
Em praticamente 3 dos 18 anos da sua carreira, Ronaldo ficou fora de campo devido a lesões. Foram centenas de dias em sessões de fisioterapia, semanas em quartos de hospitais pós-cirurgias.
Tudo misturado com episódios polêmicos.
Em 2008, o médico Bernardino Santi, então coordenador do controle de dopagem da CBF em São Paulo, disse que o ganho de massa muscular de Ronaldo no PSV, seu primeiro clube na Europa, teria sido obtido à base de anabolizantes. Santi acabou demitido pela confederação.
Mais dramático foi o que aconteceu no dia 12 de julho de 1998, a data da final da Copa do Mundo da França.
Uma crise nervosa tirou Ronaldo da concentração brasileira horas antes da decisão contra a França.
O atacante passou por exames em um hospital. Nada foi constatado. Ele acabou jogando, mas nada fez na derrota da seleção brasileira por 3 a 0 no Stade de France.
Ao citar como causa de seu sobrepeso o hipotireoidismo, que segundo ele foi descoberto em 2008, quando estava no Milan, Ronaldo cria uma nova polêmica.
De acordo com o atacante, não foi possível tratar a doença porque ele precisaria tomar medicamentos que teriam elementos dopantes.
Zelo desnecessário.
Segundo o Código Mundial Antidoping, em seu artigo 4.4., bastaria o jogador comunicar os medicamentos que deveria tomar para as substâncias não serem consideradas dopantes.
De qualquer forma, a luta contra a balança foi outro drama na vida esportiva de Ronaldo. Nos melhores momentos da carreira, ele pesava 83 kg. Em 2006, apresentou-se na seleção brasileira para a Copa da Alemanha com mais de 100 kg. E parecia magro quando comparado aos últimos meses.


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