DA REPORTAGEM LOCAL

Um mês e meio após a primeira transmissão mundial de um jogo em 3D em pubs do Reino Unido, o Brasil experimentou ontem seu primeiro evento esportivo com a tecnologia.
Parceria da Band com a Sony possibilitou a transmissão da Indy ontem, em duas TVs de 55 polegadas instaladas no interior do camarote da emissora.
As telas estavam localizadas a menos de 100 m da beira do espaço VIP, de onde se tinha uma visão privilegiada da pista.
Assim como tantos outros curiosos, o engenheiro Fábio Ando, 26, colocou um dos óculos por alguns segundos e aprovou a imagem "de alta definição". "Mas prefiro a corrida ao vivo. Lá fora não é 3D, é 4D", disse, sem esclarecer qual seria a tal quarta dimensão.
"Não é um problema ser tão próximo. Tem gente que não gosta do barulho da corrida. Com chuva, é até melhor ficar aqui dentro", afirmou Marcelo Siqueira, diretor técnico da Casablanca, empresa responsável pela transmissão.
Longe do Anhembi, num bar da Vila Madalena, também havia a transmissão em 3D. Lá, o ambiente foi dividido em duas áreas: uma com o equipamento da Sony, o mesmo do camarote, e outra com a tecnologia mais corrente da transmissão 3D.
Na "área Sony", apenas cinco óculos "inteligentes" -com tecnologia que o faz "piscar" na mesma frequência que a TV- estavam à disposição do público. Além disso, com tanta gente passando na frente, era mais difícil acompanhar a exibição.
Já a captação deixou a desejar para quem esperava ver toda a corrida. Isso porque só havia três câmeras em 3D pelo circuito, o que tornava a edição das imagens monótona.
Em vários momentos da volta, o que os telespectadores viam era o mesmo trecho do circuito, sem passagem de carro. Durante a interrupção, a imagem 3D ficava fixa num funcionário do circuito tirando o acúmulo de água do asfalto.
A corrida em si também não empolgava muito. Poucos sabiam quem estava ganhando, alguns mal sabiam quem estava correndo. O chope, entretanto, foi elogiado por todos.


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