São Paulo, quarta-feira, 15 de maio de 2002

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AUTOMOBILISMO

Venda ajudaria Fiat

Ferrari põe suas ações na Bolsa de Valores

DA REPORTAGEM LOCAL

A Fiat lançou ontem ações da Ferrari na Bolsa de Valores italiana. A entrada da mais tradicional escuderia de F-1 na Bolsa seria mais uma tentativa de ajudar a montadora a sair da grave crise financeira que vem enfrentando.
A empresa, no entanto, afirma que a venda dos papéis servirá para que os recursos do Grupo Ferrari Maserati cresçam e que possa continuar seu desenvolvimento.
"O anúncio é muito importante, pois oferece novos recursos para o desenvolvimento de projetos e dará continuidade ao nosso sucesso", declarou Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari.
A decisão de se lançar na Bolsa, entretanto, vem em um dos momentos mais conturbados da história da equipe. Depois de ordenar que Rubens Barrichello cedesse o primeiro lugar no GP da Áustria para Michael Schumacher, domingo, a imagem da Ferrari acabou ficando "manchada".
Depois das críticas recebidas pela imprensa mundial, por pilotos e dirigentes de outras equipes da F-1, Montezemolo tentou colocar "panos quentes" na história.
"Eu sinto muito por Barrichello, que foi excelente durante todo o final de semana e merecia ter vencido", afirmou. "Às vezes, porém, temos que seguir a cabeça, não o coração. Concordo 100% com a decisão", completou o dirigente.
Segundo ele, na F-1 não há espaço para decisões emocionais.
Até Piero Ferrari, filho mais novo de Enzo Ferrari e vice-presidente da escuderia, entrou na polêmica discussão sobre o resultado da corrida em Zeltweg.
"Algumas pessoas disseram que meu pai estaria se revirando em seu túmulo. Acho que eu o conhecia bem o suficiente para dizer que domingo ele estaria com um sorriso nos lábios enquanto assistia seus dois carros dominarem o GP e seus dois pilotos obedecendo às ordens do time", justificou.
Depois de fazer o melhor tempo na sexta-feira, conquistar a pole e dominar o GP, Barrichello recebeu ordem, a três voltas do final, para abrir para Schumacher.



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