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Técnico anuncia hoje os 23 para o Mundial; maioria está com ele desde a sua primeira convocação, em 2003
Fidelidade canina marca lista de Parreira
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma fidelidade canina. É assim
a relação de Carlos Alberto Parreira com os jogadores que escolheu desde o início da sua gestão,
há mais de três anos, para disputar a Copa da Alemanha.
Prova maior disso acontecerá
hoje no Rio, às 11h30, quando ele
vai anunciar os 23 jogadores que
vão tentar o hexa para o Brasil.
Dos 22 nomes da primeira lista
do treinador, para o amistoso
contra a China, em 2003, 15 com
quase certeza serão repetidos hoje. Esse número só não é maior
porque na época daquela partida
o zagueiro Lúcio estava machucado e Kaká foi poupado para jogos
do São Paulo, seu clube então.
Nenhum treinador brasileiro
que disputou uma Copa e assumiu o cargo com tanta antecedência foi tão fiel aos primeiros escolhidos. Luiz Felipe Scolari, por
exemplo, só assumiu o time nacional um ano antes da Copa de
2002. Mas só oito dos chamados
para a sua estréia, contra o Uruguai, também estiveram na Coréia do Sul e no Japão.
Não que Parreira tenha sido
muito diferente de seus antecessores, que assumiram prometendo manter uma base mas acabam
chamando um batalhão de jogadores, alguns, aliás, de qualidade
bastante discutível.
Em 49 jogos, Parreira colocou
74 jogadores em campo. Mas,
com exceção do volante Renato e
do meia Alex, todos os outros que
participaram de pelo menos 20
partidas serão chamados hoje, em
um anúncio com poucas dúvidas.
Resta saber um reserva de Dida,
o substituto de Roberto Carlos na
lateral e um meia. Também falta
saber se Roque Júnior, baleado
em quase toda a temporada, não
pode ser surpreendido na última
hora e acabar preterido por Cris,
do Lyon, na zaga.
Parreira peitou críticos para
manter o grosso da sua primeira
lista. Júlio César, por exemplo, patina até hoje na Itália, onde ficou
um bom tempo na geladeira, mas
é um que foi chamado para o jogo
contra a China e estará na lista
que será anunciada no Rio em
grande estilo, com direito a nomes projetados em um telão e
narração especial no lugar da tradicional leitura do treinador.
Com os titulares, a fidelidade foi
ainda mais explícita. Dida falhou
seguidamente no Milan nos últimos meses, mas em nenhum momento teve sua titularidade na seleção colocada em risco.
Quando assumiu, Parreira prometeu manter a base do time pentacampeão em 2002. Mas muitos
dos integrantes daquela equipe
foram deixados de lado em favor
de preferidos do técnico.
Rivaldo, destaque na Ásia, não é
chamado desde 2004. Kléberson,
"invenção" de Scolari, é outro
penta que ficou pelo caminho, assim como outros relativamente
jovens, como o zagueiro Anderson Polga e o lateral Belletti.
Nessas vagas, Parreira resgatou
velhos conhecidos e jogou suas fichas em poucos novatos.
Para o primeiro caso, o maior
exemplo é Zé Roberto, homem de
confiança total da dupla Parreira e
Zagallo -este último o levou para a Copa de 1998, na França.
Com exceção de Ronaldinho,
Edmílson e Gilberto Silva, que jogam na quarta-feira a final da Copa dos Campeões, os outros convocados hoje têm o descanso como ordem nesta semana. A seleção começa sua preparação na
próxima segunda-feira, na Suíça.
A estréia na Copa acontece no
dia 13 de junho, em Berlim, contra
a Croácia. Até lá, só contusões podem mudar a lista de hoje.
NA TV - ao vivo, às 11h30, na
Globo, Band, Record,
Bandsports, Band News, Sportv e
ESPN Brasil
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