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rasteiro
São Paulo deixa monotonia e ganha
Sem Jorge Wagner, equipe abandona as constantes jogadas aéreas e, no chão, supera o Fluminense na Libertadores
Time leva para o Rio, onde joga na semana que vem,
vantagem do empate para se classificar às semifinais
do torneio continental
Eduardo Knapp/Folha Imagem
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Adriano, que voltou a ser decisivo para o São Paulo nesta Taça Libertadores da América, incita a torcida ao fazer o gol do jogo contra o Fluminense, no Morumbi
RODRIGO MATTOS
RICARDO VIEL
DA REPORTAGEM LOCAL
Foi sofrido, como sempre
nesta Libertadores. O dono do
gol foi Adriano, como na maioria das vezes no torneio. E, mais
uma vez, a vantagem no Morumbi foi mínima.
Mas é preciso que se diga que
o São Paulo abandonou o tom
monótono de suas últimas
atuações na vitória sobre o Fluminense, nas quartas da Libertadores. Literalmente, o time
trocou a cabeça pelos pés.
Sem Jorge Wagner, cobrador
das bolas paradas e autor de jogadas aéreas, restou ao time botar a bola no chão e enfrentar
suas dificuldades no plano.
Foi premiado com, enfim,
uma boa atuação de Dagoberto,
que ajudou muito o time a sair
da rotina. Até hoje visto como
uma contratação fracassada, o
atacante driblou, tabelou e chutou. Criou as melhores chances
da equipe até sair, cansado.
Foi dele a jogada que resultou no solitário gol de Adriano,
aos 20min do primeiro tempo.
Saíram dele tabelas pelo meio,
na maior parte das vezes tendo
o companheiro de ataque ao
seu lado. E foram dele dois chutões no início do segundo tempo que levantaram a torcida.
Não por acaso a torcida gritou seu nome, quando ainda estava em campo e quando saiu. E
não à toa o Fluminense passou
a pressionar com mais intensidade após sua saída, já que o time tinha mais dificuldades para reter a bola na frente. E levou
a equipe de volta aos bicões.
Mas, na maior parte do tempo, os companheiros seguiram
Dagoberto na preferência pelo
toque de bola. Foi possível ver
Hernanes e Hugo tentando
municiar o ataque em bolas
rasteiras. E lá estava um Adriano procurando jogadas pelas laterais, com passes pelo chão.
Até os laterais, volantes e zagueiros, embora bem menos
ofensivos, privilegiaram as bolas rasteiras em detrimento dos
rotineiros "chuveirinhos".O time só lembrava o velho São
Paulo quando havia um escanteio ou uma falta perto da área.
Superou o Fluminense no jogo em que o rival é mais eficiente. Afinal, o adversário carioca
tem os habilidosos Thiago Neves, Conca e Dodô, que não deram o trabalho esperado.
"É uma vantagem. Não tomamos gol em casa", lembrou
Hernanes, em referência ao fato de o gol fora valer mais para
possível desempate. Aliás, em
cinco jogos, os são-paulinos só
levaram um gol no Morumbi.
Pela quinta vez nesta Libertadores, o São Paulo saiu vitorioso de seu estádio. Pelo seu
retrospecto fora, é um grande
alento: o São Paulo só perdeu
uma partida fora. Agora, pode
empatar no Maracanã -ou até
perder por um gol, desde que
balance também as redes.
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