São Paulo, domingo, 15 de outubro de 2006

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Sem meta, Palmeiras tenta ascender

Técnico quer seqüência vitoriosa e discorda de Juninho, que mira Libertadores

"Eu não sei nem se eu vou estar aqui daqui a cinco jogos", brinca Marcelo Vilar, que promete ofensividade em casa contra Atlético-PR

MÁRVIO DOS ANJOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Na zona da pasmaceira do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras enfrenta o Atlético-PR, às 18h10, com uma dúvida: que alvo o time poderia realmente ter até o final da competição?
Eliminar definitivamente o risco de rebaixamento sempre esteve em pauta no Parque Antarctica durante este ano. Nunca é demais lembrar que o time começou a rodada deste fim de semana a apenas quatro pontos do primeiro rebaixado, o Corinthians. A dez rodadas do fim do torneio, o perigo do descenso ainda pode ressurgir.
Mas a vitória sobre o Flamengo por 3 a 1, na última rodada, já empolga alguns jogadores a ponto de sonharem com uma vaga na Libertadores.
Juninho é um dos que confiam nessa possibilidade. Lembra que, no ano passado, pouca gente acreditava que o Palmeiras obteria uma vaga na elite sul-americana de 2006. Por isso, acredita que vencer o Atlético-PR hoje é um grande passo, já que os paranaenses têm o mesmo número de pontos.
"Trata-se de um jogo essencial nesta reta final da competição e vale seis pontos. Se vencermos, garantimos três pontos e não deixamos o adversário pontuar", afirmou o meia.
O técnico Marcelo Vilar, porém, não vai tão longe. Afirma que tenta não passar nenhuma meta sul-americana para o grupo. Indagado de novo sobre o tema, o treinador brincou.
"Eu não sei nem se eu vou estar aqui daqui a cinco jogos, não posso pensar em Libertadores. O que a gente precisa é de uma seqüência de vitórias", disse.
Contra o Atlético-PR, único time brasileiro que ainda prossegue na disputa da Copa Sul-Americana, Vilar promete um time audacioso no ataque, mas admite que é preciso equilíbrio. "Vamos atacar para ganhar, para fazer valer o mando de campo, para trazer a torcida para o nosso lado. Mas não vamos de qualquer maneira", afirmou ele, respeitando o poder de marcação da equipe rival.
O time deve repetir a formação que enfrentou o Flamengo, num 4-4-2, com Francis, Marcinho Guerreiro e Marcelo Costa exercendo uma forte marcação no meio-campo.
A única diferença é que Roger Silva atua na vaga do ataque de Marcinho, lesionado. Durante o último coletivo, anteontem, Wendel também foi testado, substituindo Marcelo Costa, para dar mais poder de infiltração à equipe titular.
No gol, Diego Cavalieri. "Estamos dando ritmo de jogo ao Marcos nos coletivos. Quando ele estiver pronto, voltará. Mas agora não há por que tirar o Diego, que é uma das revelações do Brasileiro", disse Vilar.
Do lado do Atlético-PR, o técnico Oswaldo Alvarez vai usar força máxima mesmo depois de obter uma classificação duríssima na Sul-Americana contra o River Plate (ARG) na última quinta-feira, em Curitiba.
"Não podemos pensar em poupar alguém. Estamos em uma situação nada confortável no Campeonato Brasileiro."


NA TV - Palmeiras x Atlético-PR Sportv (menos para SP e RJ), ao vivo, às 18h10


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