São Paulo, segunda-feira, 16 de maio de 2011

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Santos mata adversário apático

PAULISTA
Timidez corintiana e domínio dos santistas ratificam superioridade do campeão

Santos 2
Arouca, aos 17min do 1º tempo, e Neymar, aos 39min do 2º tempo
Corinthians 1
Morais, aos 41min do 2º tempo

DOS ENVIADOS A SANTOS

O técnico Muricy Ramalho tem razão quando diz que qualquer outro resultado ontem na Vila Belmiro teria sido injusto. O Santos foi muito melhor que o Corinthians na maior parte do jogo.
O sufoco dos minutos finais teve mais a ver com o desespero dos dois times do que com futebol.
Desde o início, o Santos apresentou ideias mais claras, repertório mais amplo. Do outro lado havia um bando apavorado, consciente da superioridade do rival.
Com poucos minutos, já ficou evidente que a partida seria disputada em apenas uma metade do campo -no ataque do Santos, a defesa do Corinthians.
O domínio do time da casa virou vantagem no placar aos 17min de partida. Zé Love recebeu livre na esquerda e, sem levantar a cabeça, chutou para o meio da área. Arouca, livre, fez seu primeiro gol com a camisa santista.
Houve uma reclamação corintiana de impedimento no lance, mas Zé Love estava em posição legal no momento do lançamento.
O Corinthians não reagiu. O 4-2-3-1 de Tite naufragou, em boa parte graças ao desinteresse e à apatia de Bruno César e Dentinho, que formavam a penúltima linha, junto de Jorge Henrique.
O trio ficou preso em Arouca e Adriano, volantes santistas que nunca foram superados pelos corintianos.
Ilhado no ataque, Liedson não recebeu uma bola em condições de finalizar. Com frequência deixava a área, o que só servia para congestionar ainda mais o meio de campo do Corinthians.
Sem imaginação nenhuma, o time do Parque São Jorge escapou de uma derrota maior no primeiro tempo.
Neymar, livre, de novo pela esquerda, preferiu enfeitar a definir e chutou em cima do goleiro Júlio César.
Arouca acertou a trave.
No segundo tempo, Tite deu argumentos a quem o acusa de gastar substituições para trocar seis por meia dúzia. Saíram Dentinho, Bruno César e Paulinho, entraram Willian, Morais e Ramírez.
O Corinthians teve o mesmo esquema e a mesma falta de atitude. Era tamanho o medo de perder por mais gols que, nos escanteios a favor do Santos, todos os corintianos voltavam para marcar. Não sobrava um para tentar puxar um contra-ataque.
O primeiro chute a gol do time só ocorreu aos 15min, com Willian, que arriscou de longe. Rafael rebateu.
O Santos perdeu uma série de chances até fazer o segundo, a menos de dez minutos do fim. Chute fraco de Neymar, falha de Júlio César.
O gol de Morais, imediatamente depois de o astro santista ter ampliado o placar, só serviu para que Santos fosse vazado pela primeira vez no Estadual desde que Muricy assumiu a equipe.
(LEONARDO LOURENÇO, LUCAS REIS E MARTÍN FERNANDEZ)


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